O apartheid se retoca e se amplia a olhos nus.
A nomenclatura encafuada não se dá conta nem dos ponteiros que avançam encurtando as horas como facas peixeiras bem amoladas que espreitando a regressiva resistirão aos controles sejam quais forem ora isso já aconteceu muitas vezes desde que o planeta se chama terra e a história quando não há mecenas se faz parceira unha e carne da verdade e então gente vamos aqui refletir quanto ao peso da verdade e só haverá uma conclusão a de que ela sim pesa mais que qualquer gloria.
Nada começa transbordando de uma vez nem um rio um poço muito menos uma crise tudo resulta de algum inicio ínfimo uma bactéria um bacilo um átomo e assim uma crise econômica como essa em que estamos resistindo e gerando essa crise politica que nos causa engulhos não se resolvem trocando uma coisa pela outra. Na inoperância está tudo igual. Na ilegitimidade também.
As causas são estruturais que vem se sedimentando há décadas de muito antes da atual Constituição que só de emendas ou remendos já tem uma centena e outras e outros mais ainda estão nas fornalhas do Congresso destinadas a quebrar mais uns galhos.
Por que não nos tomamos de coragem e não convocamos uma Assembleia com poderes revisionais derivados e destinados apenas às reformas politicas e aos ajustes econômicos? Uma Assembleia cujos membros eleitos sejam inelegíveis para qualquer mandato subsequente? Voto distrital parlamentarismo financiamento de campanha funcionamento dos partidos tudo em moldes simples que a população entenda de modo a poder participar ativamente?
Eleições diretas agora com essas mesmas regras eleitorais ou resultantes da emergência casuística vai nos levar a que resultados? Não patrícios e conterrâneos não é assim. Mantenha-se esse sistema eleitoral do jeito que está e não se mude nada nada quanto a financiamentos de campanha e clamem por Ghandi, Lênin ou Churchill e me digam que caso aceitos não serão também injuriados, delatados ou deletados?
Não dá mais para nos conformamos com a célebre justificativa de Tancredi o galã militante da revolução garibaldina unificadora da Itália representado por Alain Delon no filme O Leopardo de Luchino Visconti alguma coisa deve mudar para que tudo continue como está.
Vai longe o tempo em que éramos intrépidos manipulados arrogantes. E não sabíamos. Aprendemos que cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém...
Edson Vidigal
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