Donald Trump não é bicho papão como se pintou lá e aqui. Pode ser um desvairado candidato, forasteiro político e narcisista à última potência, mas não poderá sair muito da forma presidencial. Também os Estados Unidos não são a Rússia, onde impera Valdimir Puchikin, perigo bem maior com sua ideologia KGB.
De resto, a vitória de Trump, com o aval da maior democracia, reforça no mundo as políticas nacionais-populistas e o reacionarismo. Perigo para tempos nebulosos e inconstantes. Mas este início de século está sob um tsunami de transformações. E essa onda americana faz parte do jogo e não há outro planeta para aonde os intranquilos se mudarem.
Resta aqui, na terrinha, tratar ligeirinho de acertar as contas da Justiça, arrumar o desarranjo financeiro, resultando da roubalheira institucionaliza, fazer marcação cerrada sobre os políticos, cobrando honestidade, para aprenderem o que é, e rezar para que baixe nos céus brasileiros melhores ares éticos.
Há mais, e bem mais desesperador, com que se preocupar aqui do que com o topete do novo presidente americano. O novo presidente pode ser a besta apocalíptica, mas o apocalipse está aqui abaixo do Equador. Que se cuidem os da Terra de Santa Cruz, pois devem arrumar a casa e as cabeças para evitar que a depressão seja maior quando Trump ficar histérico.
Luiz Gadelha
Nenhum comentário:
Postar um comentário