Por sinal, foram poucas as perguntas no ato que Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado, batizou de entrevista coletiva.
Convocados os jornalistas ao seu gabinete, Renan ditou declarações com base em um documento que consultou todo o tempo.
Então chamou o ministro Alexandre Moraes, da Justiça, de “chefete de polícia” e de “ministro circunstancial”.
Chamou de “juizeco” o juiz de primeira instância que autorizou a prisão de agentes da Polícia do Senado na última sexta-feira.
Disse que a Polícia Federal valeu-se de “métodos fascistas” para invadir o Senado e cumprir a decisão do “juizeco”.
Lamentou que tal coisa tivesse acontecido, “um espetáculo inusitado que nem a ditadura (militar de 64) ousou fazer”.
Anunciou que entrará, hoje, no Supremo Tribunal Federal (STF) com uma ação para defender as prerrogativas da Polícia Legislativa.
E, por fim, do alto da indignação estudada, sapecou: “Tenho ódio e nojo a métodos fascistas”.
Plagiou a célebre frase de Ulysses Guimarães dita na sessão de promulgação da Constituição de 1988:
- Eu tenho ódio e nojo à ditadura.
O desempenho de Renan não traiu a revolta do presidente de uma instituição que se sentiu ultrajada. Não.
Até ontem, pelo menos, apenas dois senadores reclamaram da prisão dos agentes da Polícia do Senado. Os demais silenciaram.
O desempenho de Renan traiu o seu próprio medo de, em breve, tornar-se a bola da vez do Judiciário.
A situação dele, ali, só piora. Renan responde a oito processos no STF. O mais antigo foi finalmente liberado para ser julgado.
Seis processos têm a ver com a roubalheira na Petrobras que o beneficiou, segundo denúncia da Procuradoria Geral da República.
A prisão de agentes da Polícia do Senado poderá envolvê-lo em mais um rolo: o de tentar proteger colegas encrencados com a Lava Jato.
Foi Renan que autorizou a Polícia do Senado a fazer varreduras em gabinetes e casas de senadores visitadas pela Polícia Federal.
A Polícia do Senado foi até lá à procura de equipamentos de escuta eventualmente plantados pelos agentes federais. Não encontrou.
Renan ameaça pôr em votação no Senado um conjunto de medidas que limitem a ação da Polícia Federal e do Ministério Público.
Por suposto, advoga em causa própria.
Até ontem, pelo menos, apenas dois senadores reclamaram da prisão dos agentes da Polícia do Senado. Os demais silenciaram.
O desempenho de Renan traiu o seu próprio medo de, em breve, tornar-se a bola da vez do Judiciário.
A situação dele, ali, só piora. Renan responde a oito processos no STF. O mais antigo foi finalmente liberado para ser julgado.
Seis processos têm a ver com a roubalheira na Petrobras que o beneficiou, segundo denúncia da Procuradoria Geral da República.
A prisão de agentes da Polícia do Senado poderá envolvê-lo em mais um rolo: o de tentar proteger colegas encrencados com a Lava Jato.
Foi Renan que autorizou a Polícia do Senado a fazer varreduras em gabinetes e casas de senadores visitadas pela Polícia Federal.
A Polícia do Senado foi até lá à procura de equipamentos de escuta eventualmente plantados pelos agentes federais. Não encontrou.
Renan ameaça pôr em votação no Senado um conjunto de medidas que limitem a ação da Polícia Federal e do Ministério Público.
Por suposto, advoga em causa própria.
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