Pois bem, o governo decidiu limitar as viagens dela e restringir o uso dos cartões corporativos de seus auxiliares, cujas despesas continuam sob segredo de estado. Ao ser avisada que a farra estava chegando ao fim, Dilma irritou-se e usou a rede social para provocar Temer com arrogância, prepotência e autoritarismo, como trata os seus subordinados. Na queda de braço, levou a pior. A Casa Civil impediu que ela usasse o avião da FAB para um convescote em Campinas, São Paulo.
Temer não engoliu os desaforos da Dilma, que peitou a sua autoridade, com seus arroubos de sempre:
"Eu vou viajar", disse ela. "É um escândalo que eu não possa viajar para o Rio, para o Pará, para o Ceará… Isso é grave. Eu não posso, como qualquer outra pessoa, pegar um avião (comercial). Tem de ter todo um esquema garantindo a minha segurança. Estamos diante de uma situação que vai ter de ser resolvida".
Ora, existe um ditado que diz que se você não pode enfrentar o seu inimigo não o desafie. Dilma pagou para ver e recebeu o troco. O governo Temer, com razão, corta as despesas supérfluas do palácio porque constatou que ela está extrapolando ao gastar 280 mil reais com comida entre os meses de janeiro e maio deste ano, um exagero alimentar para quem vive em permanente regime para manter a silhueta. Não permitiu que ela usasse o helicóptero oficial para se deslocar do Palácio da Alvorada para a Base Aérea de Brasília, um percurso de treze quilômetros de carro, mas que, quando feito pela aeronave, onera os cofres públicos em 15 mil reais. Aí, você há de dizer: “mesquinharia, coisa pequena”. Ocorre que se você não começar a cortar os pequenos gastos que parecem insignificantes certamente vai perder o controle para as despesas maiores financiadas com o dinheiro do contribuinte. Apenas para lembrar, a Dilma gastou 60 milhões de reais só com o cartão corporativo em 2014, ano eleitoral.
O deslocamento da Dilma custa caro à nação. Se ela não tem compromissos oficiais, já que está afastada do cargo, o brasileiro não deve pagar suas viagens e mordomias com cartão, cabelereiros, jatinhos, hotéis de luxo e carros oficiais pelas suas andanças pelo país. Não se trata aqui de impedir os movimentos da presidente. Ela, como todo brasileiro, tem o direito de se locomover para qualquer lugar desde que banque as suas despesas como qualquer cidadão ou cidadã comum já que não está no exercício do poder, portanto, sem as prerrogativas de direito.
A questão mais grave é quanto ao desafio que a Dilma faz ao presidente em exercício ao deixar claro que não vai aceitar a decisão da Casa Civil de proibi-la de viajar para outros estados que não seja Porto Alegre, seu local de origem. No primeiro embate, encolheu-se. A gastança desenfreada, chamou a atenção do governo para outras de suas atividades utilizando-se da estrutura do estado. A principal delas, a de articular movimentos petistas para bradar aos ventos que foi apeada do poder por um golpe. A outra, mais estratégica, de se juntar aos blogueiros oficiais para plantar inverdades contra o governo.
A Dilma sempre alega que as suas mordomias estão amparadas por lei. Como o país vive em uma economia de guerra, Temer bem que poderia revogar esse decreto, tornar os gastos do governo mais transparentes e acabar de vez com os cartões corporativos. Com essa medida moralizadora, a Dilma iria choramingar pelos corredores até seus dias finais de ócio remunerado mas não teria como atacar o governo que corta na carne.
Esta novela, porém, ainda vai se arrastar por muito tempo. Com a palavra o STF. Até o próximo capítulo de “O voo da serpente”.
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