O gesto que mata e a palavra que não salva
Não parece fácil chegar ao fim do ano abaixo dos 14% de desemprego. Pelo contrário, é o mais provável. Fazer o quê? Nem o governo Temer tem solução, sequer a iniciativa privada. Do exterior nem se fala. Sem desatar esse nó, nada feito. Porque vivemos o período da explosão de desejos mal satisfeitos. O consumo ultrapassou a produção, e agora exportar deixou de ser a saída mais simples. O resultado é que nos voltamos para o mais complicado.
Traduzindo essa aparente contradição: falta emprego na indústria, como falta na agricultura, assim como nos serviços.
Nos Estados Unidos, quando da grande queda dos anos Trinta, o remédio foi abrir frentes públicas de trabalho. E mais, de forma matreira, a preparação para uma nova guerra. Aqui, não temos a quem invadir. Muito menos, só consumir o supérfluo.
Inverter o pêndulo das necessidades exigiria antes de tudo altos investimentos na educação pública, mas se menos podemos pensar na saúde…
Acresce que investir na indústria privada de transportes aumenta o vazio, tanto quanto o desperdício de recursos públicos.
Em suma, vivemos numa situação de queda livre, à espera do gesto que mata e da palavra que não salva.
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