O diabo é que a sucessora meteu os pés pelas mãos. Deu pouca atenção ao Lula. A campanha eivada de mentiras a respeito do segundo mandato apenas revelou a falsidade do primeiro. Madame ganhou por curta margem de Aécio Neves e insistiu no festival inaugurado em homenagem ao Pinóquio.
Nem o PT resistiu, preferindo seus cardeais dedicar-se ao assalto à caverna do Ali Babá. Não demorou a perda de popularidade. Em queda livre, a presidente reeleita insistiu na tentativa de tapear seu segundo eleitorado, agindo como se a economia estivesse em ascensão, quando mergulhava para o fundo do poço.
Depois, foi o que se viu: rejeição ampla e irrestrita, culminando na ainda inconclusa novela do impeachment e na posse provisória do infeliz Michel Temer, que mal acaba de completar um mês no poder.
Como resultado, Dilma está fora. Só por milagre retornará à presidência, quando completados os nebulosos 180 dias. Por isso, o Lula tenta ressuscitar o terceiro mandato, mesmo sob o impacto da impopularidade da sucessora havê-lo golpeado na moleira. Mas é candidato, disposto a recuperar a aura que um dia o transformou em aplaudido ex-presidente. Pode ganhar? Pode. Tudo dependerá dos adversários que enfrentar, apesar do Exército Brancaleone parecer disposto a apoiá-lo.
Por tudo isso, haverá que aguardar o término da interinidade de Temer. Dilma, no entanto, nunca mais…
Nenhum comentário:
Postar um comentário