terça-feira, 17 de maio de 2016

Governo tem que separar gastos da Previdência e do assistencialismo

A questão da Previdência Social precisa ser discutida de maneira profunda e transparente. Através de cálculos atuariais, o governo deveria esclarecer qual o valor justo da aposentadoria ou pensão de um participante que contribuiu por 25, 30, 35 ou mais anos. Afinal, quantos anos de trabalho seriam necessários, em função do total das contribuições, para usufruir a aposentadoria em cada faixa salarial.

Deve-se levar em conta que o benefício máximo de aposentadoria é privilégio de poucos, até mesmo porque a Previdência tem funcionamento muito semelhante ao sistema de seguros em geral, em que a imensa maioria paga um prêmio sem receber nada por isso, só terá direito mesmo em caso de sinistro, e isso seria um verdadeiro balizamento para as pessoas terem noção de quanto pagam e, portanto, de quais serão os direitos mínimos futuros a serem garantidos.

É muito triste ver a malversação dos recursos arrecadados, promovida por sucessivos governos desde a unificação dos sistemas previdenciários que existiam no país. O fato é que houve muitos trabalhadores que contribuíram sobre 20 salários mínimos e depois foram tungados quando houve o rebaixamento do teto dos benefícios.

Já que não dá para se corrigir os desmandos do passado, urge o que se separe o que é de fato sistema de previdência e o que é apenas assistencialismo, que tem que ser bancado pelo Tesouro e não pelos trabalhadores e contribuintes.

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