Enquanto a dona é uma guerrilheira de araque, sempre pronta a encontrar um inimigo de estimação para lhe imputar as agruras, seu vice é um gentleman até nos piores momentos. Pontos para ele. Se havia alguma dúvida de como se sairia de uma saia justa – das tantas que irá enfrentar quando assumir a presidência – a dúvida está sanada; ele tem meu voto. É o “presidente possível” no momento. Para mim basta.
Na atual conjuntura, qualquer balsa que se apresente para nos dar sobrevida neste naufrágio é bem-vinda. Os peemedebistas, hoje mais do que nunca, deveriam “acordar de ladinho”. Levantar os olhos e entender finalmente a origem e a extensão dessa crise, escolhendo se querem ficar ao lado do Brasil que ainda presta ─ e é hostilizado dessa maneira pela quadrilha aboletada no poder – ou preferem ir afundando lentamente nessa lama, até que não restem vestígios de suas presenças no governo.
Não deixa de ser irônico que este projeto de roubalheira instalado no poder tenha começado por uma carta – a tal “carta aos brasileiros”, que sedimentou essa farsa que até hoje no governa – e termine com esta missiva pessoal e intransferível, que mostra os intestinos podres de uma gente rumbeira, que atrasou a história do país em fatídicos e cabalísticos 13 anos. É o fim, dona.
Ao usar a cadeira presidencial para a briga e para o enfrentamento, quer a dona criar uma ambiente hostil, que só existe na cabeça dela e de sua claque de famélicos. O povo está lá fora, reunido. Deveria receber esta carta do Michel Temer como recebeu aquela outra e encerrar o ciclo. Virar a página. Retomar o país. Quem assina embaixo? O que os demais peemedebistas estão esperando para seguir o Eliseu Padilha?
Vlady Oliver
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