Foram os erros e crimes cometidos ao longo dos últimos 13 anos que, primeiro, proporcionaram a Lula seus anos de Midas e, em seguida, nos precipitaram na crise atual. Agora, em nome do caos que produziram, pedem benevolência para manterem a associação e se preservarem no poder. Ora, o Brasil não pode ser uma terra sem lei. São as crianças que brincam dizendo que lei é o "malido da lainha". Isso não serve para adultos, não serve para homens de Estado. Senhores, não podemos deixar o passado no cabide, por mais que convenha à associação. Aliás, não será entre pessoas condenadas pelo próprio passado que vamos encontrar estadistas para nosso futuro.
As instituições nacionais foram se convertendo, gradualmente, em associações para os fins que Eça ilustrou com seu fino humor. Como consequência, o povo brasileiro - fato sublime - ergueu-se vários degraus acima delas e assumiu a tarefa de pô-las a dançar segundo a música constitucional. O povo fez a bagunçada orquestra sentar e começar a arranhar cordas e resfolegar trompetes e oboés. Por que sublime? É que essas pessoas, indiferentes aos xingamentos dos que as chamam golpistas, coxinhas, lacerdistas, reacionárias, elitistas, e outros adjetivos menos asseados, arregimentam-se para mobilizar as instituições da república. Irrita-se a associação com essa gente de verde e amarelo, rosto exposto e modos civilizados, com lenço e documentos, que não está a serviço de nenhum bandido, seja de que banda ou bando ideológico for. Aliás, como pode alguém indignar-se quando o povo clama às instituições que cumpram seu dever e elas começam a fazer isso?
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