Na Esplanada dos Ministérios e na Praça dos Três Poderes, ninguém pensa na formulação de medidas em condições de recuperar a economia. Torna-se tão calamitosa a situação a ponto de o ex-deputado Delfim Neto acusar Madame de trapalhona e de um ícone fundador do PT, Hélio Bicudo, ter dado entrada no pedido de impeachment da presidente da República. Acrescente-se que o Tribunal de Contas da União está próximo de rejeitar as contas do governo em 2014 e de o Tribunal Superior Eleitoral, prestes a anular as eleições do ano passado, de Dilma e Temer, pela utilização de dinheiro podre na campanha. O PMDB abandona a coligação com o PT e os pequenos partidos saltam de banda.
É esse o retrato do Brasil, jamais escondido no porão, como o de Dorian Gray, mas escancarado à vista de todos. Nem o empresariado nem os sindicalistas conseguem mais do que protestar em defesa de seus interesses. Na bancarrota, os Estados e Municípios enfrentam a inadimplência, assistindo a Federação desfazer-se e a União penalizando-os cada dia mais, sem conseguir livrar-se de dívidas sempre crescentes.
Muita gente acha que com a renúncia ou o impeachment seria possível começar tudo de novo, mera ilusão inviável, pois que grupo, partido ou corporação assumiria o encargo? E com que propostas? A conclusão é de que somos um país em frangalhos, entregue à Divina Providência, se é que Ela existe.
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