Na vida e na economia, existem distorções que o Lula não conseguiu evitar e que Dilma parece não querer. São falsas verdades vindas do passado, praticadas por Fernando Henrique, Fernando Collor, José Sarney e antecessores, sabe-se lá desde quem. Trata-se de um engodo, um expediente, uma vigarice criada para manter intacta a divisão entre uns poucos privilegiados e muitos sofredores. Um círculo de giz traçado pela intolerância em torno da fragilidade de todos nós.
Porque permanece o raciocínio abominável de que, no Brasil, a felicidade e o bem comum surgirão apenas com educação para todos, nada mais sendo obrigação do Estado e de seus artífices. É mentira. Vamos supor que sem exceção nossas crianças tenham acesso ao ensino básico, médio e até universitário. Estarão credenciadas para ingressar no mundo do trabalho digno e produtivo, capaz de gerar uma sociedade igualitária e feliz? Nada feito.
Porque as elites e os governos por elas formados lavam as mãos diante de tudo o mais que se desata à frente da educação, acrescentado a livre competição como seu corolário. Sentem-se desobrigados de outras contribuições, apesar da necessidade de sequência no processo iniciado com a escola. partir do diploma para todos, ainda que hoje mero sonho de noite de verão, estarão resolvidas as agruras do país? Só para os privilegiados, aqueles que pelo berço e pela riqueza nem precisariam competir.
A imensa maioria necessita encontrar trabalho, daí lançar-se numa feroz disputa que leva o conjunto a arreganhar presas e acionar garras, uns contra os outros, já que o poder público e as elites desligam-se de demais preocupações com todos. Cada qual que se vire, mesmo precisando pisar no semelhante e até vangloriar-se da crueldade. Será esse o oxigênio da sobrevivência das minorias, mesmo sob a capa do cumprimento de seu dever ensejando educação para todos. São cooptados para essa distorção muitos dos que conseguiram alcançar o objetivo, ignorando haver-se tornado marionetes dos que realmente controlam a sociedade.
Continuar criando condições para os iludidos, educados e diplomados conquistarem trabalho digno e produtivo seria dever dos privilegiados, mas se assim agissem estariam sepultando seus privilégios e sua condição de feitores do processo social. Daí o artifício da livre competição.
Porque permanece o raciocínio abominável de que, no Brasil, a felicidade e o bem comum surgirão apenas com educação para todos, nada mais sendo obrigação do Estado e de seus artífices. É mentira. Vamos supor que sem exceção nossas crianças tenham acesso ao ensino básico, médio e até universitário. Estarão credenciadas para ingressar no mundo do trabalho digno e produtivo, capaz de gerar uma sociedade igualitária e feliz? Nada feito.
Porque as elites e os governos por elas formados lavam as mãos diante de tudo o mais que se desata à frente da educação, acrescentado a livre competição como seu corolário. Sentem-se desobrigados de outras contribuições, apesar da necessidade de sequência no processo iniciado com a escola. partir do diploma para todos, ainda que hoje mero sonho de noite de verão, estarão resolvidas as agruras do país? Só para os privilegiados, aqueles que pelo berço e pela riqueza nem precisariam competir.
A imensa maioria necessita encontrar trabalho, daí lançar-se numa feroz disputa que leva o conjunto a arreganhar presas e acionar garras, uns contra os outros, já que o poder público e as elites desligam-se de demais preocupações com todos. Cada qual que se vire, mesmo precisando pisar no semelhante e até vangloriar-se da crueldade. Será esse o oxigênio da sobrevivência das minorias, mesmo sob a capa do cumprimento de seu dever ensejando educação para todos. São cooptados para essa distorção muitos dos que conseguiram alcançar o objetivo, ignorando haver-se tornado marionetes dos que realmente controlam a sociedade.
Continuar criando condições para os iludidos, educados e diplomados conquistarem trabalho digno e produtivo seria dever dos privilegiados, mas se assim agissem estariam sepultando seus privilégios e sua condição de feitores do processo social. Daí o artifício da livre competição.
Alegam serem essas as leis do mercado, isto é, cada um que abra seucaminho na selva intransponível da livre competição entre quantidades distintas, imposta à maioria por enquanto impotente. O problema para os donos do poder é que aumenta a cada dia o número dos injustiçados e marginalizados. Graças à educação, suprema ironia para as elites, toma-se cada vez mais consciência da necessidade de ser rompido o círculo de giz. Cedo ou tarde.
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