A lista fala mais pelo o que não diz. Aponta quem recebeu propina e esquece-se de quem mandou pagá-las
Pronto. A tão esperada lista dos políticos envolvidos na roubalheira da Petrobras veio a público na noite de sexta-feira. Com algumas estranhezas, como a fartura de 32 integrantes do PP, a relação, de imediato, pouco mexeu na acelerada pulsação do Congresso. Mas a taquicardia por lá, e também no Planalto, continuará fora de controle. Até porque com mais gente na mira abrem-se fartas possibilidades de traições e novas trincheiras para se percorrer a trilha da dinheirama.
Como em qualquer caso de polícia, os caminhos do dinheiro unem os criminosos aos beneficiários do crime – os que mandam executar e nunca sujam as próprias mãos.
Os rastros costumam valer mais do que o número de gente metida na encrenca. Percorrê-los tem sido a obsessão dos investigadores da Operação Lava Jato. E passam a ser agora tarefa primeira das investigações e diligências autorizadas pelo ministro Teori Zavascki, do STF.
A lista fala mais pelo o que não diz. Aponta quem recebeu propina e esquece-se de quem mandou pagá-las.
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