Nelson Rodrigues
Os blocos ainda estão nas ruas, mesmo findo o Carnaval, e os petistas e seus seguidores tomam as vias das redes sociais com seu bloco de sujos. Talvez por senilidade ou fidelidade partidária, mas certamente com um esbanjamento de cretinice, lançam o manifesto "O que está em jogo agora", assinado por figurinhas carimbadas de sempre. Como reza na cartilha petista, é preciso reescrever a história em proveito próprio. E não faltam signatários prontos a jogar a biografia na lama para sustentar o aparelhamento e a roubalheira dos companheiros.
É apenas uma parcela da falta de vergonha o que o manifesto do Comando Vermelho da Capital assina: "A chamada Operação Lava Jato, a partir da apuração de malfeitos na Petrobras, desencadeou um processo político que coloca em risco conquistas da nossa soberania e a própria democracia". Tentam aí transformar um caso policial de furto dos cofres públicos (para eles, apenas malfeitos, não devidamente benfeitos) devido ao aparelhamento da Petrobras em favor do PT e aliados em golpe.
Para os manifestantes chapa branca, haveria uma "campanha para esvaziar a Petrobras". Ou são idiotas ou mal intencionados, porque o esvaziamento da empresa ocorre sistematicamente há 12 anos, segundo um dos ex-diretores presos. A empresa foi seguidamente levada a pagar aditivos, criar empresas fantasmas, fazer obras sem licitação, jogar dinheiro em superfaturamento e até na “ruivinha” de Pasadena. Será que toda essa maracutaia feita pelos petistas e aliados seria “golpista” e da oposição? Quem mandava (e roubava) por lá era o PT.
Em meio a tanta picaretagem e sem vergonha, os gagás falam em atropelamento do "Estado de Direito democrático, ao usarem, com estardalhaço, informações parciais e preliminares do Judiciário, da Polícia Federal, do Ministério Público e da própria mídia, na busca de uma comoção nacional que lhes permita alcançar seus objetivos, antinacionais e antidemocráticos". A divulgação dos roubos e rombos seria antinacional e antidemocrático? Não parece que desvendar crime contra o patrimônio nacional, como comandou o PT, sob a chancela de Lula e Dilma, possa assim ser enquadrado.
Não falta palhaço para vestir essa máscara como ainda usurpar a história e acrescentar que o "Brasil viveu, em 1964, uma experiência da mesma natureza". Confundem alhos com bugalhos para bem aparecer na fita para os incautos e ignorantes.
Querem de qualquer jeito transformar a roubalheira e o aparelhamento em favor do partido do governo, sob os olhos cúmplices de dois presidentes, como um crime político e joga a oposição como a ré. Isentarão assim os verdadeiros bandidos, chefes da quadrilha que assalta o país, para eles ainda os grandes beneméritos da luta em favor do social.
Novamente tentam mudar a história para blindar de qualquer investigação da Justiça quem deveria, no mínimo, ser condenado por irresponsabilidade como Lula e Dilma, ainda mais esta que foi nos últimos anos a toda poderosa mandante na Petrobras. Os dois sucatearam a empresa, hoje com ações no fundo do poço, fazendo dela um banco político sempre a fornecer os fundos necessários para a sustentação no poder.
Dos militares pode-se dizer que armaram um golpe, que já vinha sendo articulado há muito. Mas o que ocorre hoje é que o próprio governo, o PT e aliados simplesmente assaltaram os cofres da Petrobras e de outras estatais e agora estão no banco dos réus como criminosos. Não há golpe oposicionista com "objetivos, antinacionais e antidemocráticos", mas simplesmente que se faça justiça com a ida para a cadeia de quem quer que seja, doa a quem doer como ressalta a presidente, tão preocupada em usar a máquina governamental para defesa de bandidos.
Com o lançamento do tal manifesto o que se vê é o próprio PT e seus cúmplices tentando dar uma rasteira na Justiça, um nocaute no país e o definitivo soco no estômago do brasileiro, para tudo ficar como eles querem. Então poderão repetir a popular gíria da bandidagem para brindar seu golpismo: “Perdeu!”
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