domingo, 22 de fevereiro de 2015

Dilma, 4.435 dias depois

Quase 157 semanas se passaram desde que Lula recebeu a faixa presidencial de FHC. Tempo suficiente para Dilma & Cia construirem uma desculpa melhor. Nem isso conseguiram
Depois de dois meses se escondendo de jornalistas, a presidente Dilma Rousseff falou. E até sobre a roubalheira na Petrobras. Suas palavras foram muito além das sandices de que a corrupção na estatal só existe agora porque FHC não apurou e não puniu um funcionário da empresa há 20 anos, ou da velha lengalenga do engavetador-geral da República. Dilma cumpriu a missão de distribuir recados aos petistas, à base aliada - suplicando para que não derrubem o veto à correção de 6,5% do Imposto de Renda - e, principalmente, às empreiteiras.

Por lei, quem comete ilícitos não pode ser contratado pela administração pública. Dilma gostaria de mudar isso e, claro, sem alterar o conjunto de leis que determina sanções a quem rouba os brasileiros. “Nós iremos tratar as empresas tentando principalmente considerar que é necessário criar emprego e gerar renda no Brasil”, disse ela.

Aproveitou-se da entrevista para emitir um sinal às empreiteiras parceiras de que elas têm apoio para continuar tocando seus negócios na Petrobras e em outros empreendimentos públicos.

A estratégia de alforria foi desenhada há algum tempo, com envolvimento das instâncias jurídicas do governo. Tentou-se, inclusive, convencer a opinião pública de que sem essas mega construtoras seria impossível tocar grandes obras de infraestrutura, tão essenciais ao país.

Besteira. No Brasil e lá fora há centenas de empresas dispostas a trabalhar duro e por preços competitivos. Talvez não tão dispostas às negociatas.
Leia mais o artigo de Mary Zaidan

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