Willy Zumblick |
(E foram tantos, minha velha amiga),
Que fizemos de todos eles, diga,
Que tão pouco de si em nós deixaram?
As lembranças que deles nos ficaram
Perdem-se como os sons de uma cantiga
Muito bela, mas também tão já antiga
Que até seus versos todos se apagaram.
Passaram todos, e a incapacidade
Que tivemos de inteiros conservá-los
Nos faz, com a alma de pejo e culpa cheia,
Juntá-los em um termo só, saudade,
E assim, sem brilho e sem calor, lembrá-los
Como se fossem de memória alheia.
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