O processo de carbonização de Gustavo Bebianno, um ex-coordenador de campanha que Bolsonaro alojou num dos gabinetes ministeriais do Planalto, revelou que o presidente saltou do leito do Albert Einstein para o divã. Bolsonaro exibe um comportamento que oscila entre o maníaco e o depressivo.
Na semana passada, antes de deixar o hospital, Bolsonaro gravou entrevista para a TV chamando o ex-amigo Bebianno de mentiroso e anunciando que colocara a Polícia Federal no encalço dele. Até os amigos e auxiliares que o aguardavam em Brasília acharam que Bolsonaro agiu como um maníaco, capaz de fazer oposição a si mesmo. Seguiu-se um vaivém protagonizado por um presidente depressivo, com dificuldades para resolver a crise que ele mesmo fabricou. Às vésperas do final de semana, mandou dizer que já assinara a demissão do ministro. Mas o Diário Oficial circula na segunda-feira sem a exoneração de um Bebianno que foi mantido nas manchetes em estado crônico de demissão por quase uma semana.
O Brasil não merecia semelhante castigo. Depois de suportar a "esquizogovernança" de Dilma, de encarar a clepto-análise de grupo de Temer e de descer ao manicômio prisional em que Lula se finge de preso político, o país terá de aturar mais uma presidência de miolo mole. Às vésperas da chegada do pacote anticrime e da reforma da Previdência no Congresso, Bolsonaro desperdiça energias com uma demissão que seria resolvida com os poucos segundos necessários para acomodar uma assinatura numa folha de papel. O nome disso é caos. Considerando-se que o governo mal começou, não resta ao brasileiro senão "jair se acostumando" com a manicômiocracia.
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