Com os cofres no osso, Temer desistiu de congelar os reajustes salariais do funcionalismo. Pior: aceitou incluir no Orçamento do ano que vem o aumento dos contracheques do Judiciário.
Caótico, o governo Temer promoveu, nas pegadas do impeachment de Dilma Rousseff, uma farra salarial. Numa madrugada de junho de 2016, sob aplausos do Planalto, a Câmara aprovou 14 projetos com aumentos para 38 carreiras de Estado. Dizia-se na época que os mimos —mais de R$ 50 bilhões até 2019— tinham sido negociados por Dilma e já estavam computados no rombo fiscal.
A equipe econômica tentava agora levar ao freezer o pedaço do reajuste dos servidores previsto para o ano que vem. Coisa de R$ 6,9 bilhões. Temer parecia concordar. Mas decidiu tratar uma verba pública inexistente como se fosse dinheiro grátis. Liberou os reajustes sob o argumento de que cabe ao sucessor evitar o descarrilamento do trem fantasma. Michel Temer apertou o botão de “dane-se”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário