As sabatinas a que foram submetidos os candidatos a presidente, já tarde da noite, no programa “Eleições”, da TV Globo, pelo menos aos que as assistiram, nos encheram de dúvidas e mais dúvidas.
Entre curioso, ansioso e atento, assisti, também, no mesmo programa (ambos, aliás, coordenados pela jornalista Míriam Leitão), às sabatinas feitas aos assessores econômicos Guilherme Melo (o mais jovem), do PT; Mauro Benevides, do PDT; Pérsio Arida, do PSDB; Paulo Guedes, do PSL; e Eduardo Giannetti da Fonseca, da Rede. Todos eles são profissionais competentes e muito bem-formados.
Todos eles conhecem nossa incerteza fiscal. O Orçamento de 2019, que estará no Congresso nesta semana, prevê um déficit de R$ 139 bilhões com despesas de pessoal e da Previdência. O representante de Bolsonaro não tem medo disso e fala em liquidá-lo em um ano; os de Alckmin, Ciro e Marina, em dois; o do PT, pelo que entendi, deseja voltar à “nova matriz econômica” de Dilma Rousseff, que quebrou o país. Nenhum deles, todavia, sabe como alcançar tal proeza.
Uma coisa é certa, leitor: a democracia está em perigo, e as eleições deste ano serão diferentes de todas as outras. O Supremo Tribunal Federal (STF), outrora guardião e esperança da nação brasileira, enfrenta críticas severas, algumas procedentes. Sobre os Poderes Executivos e Legislativos (estaduais e municipais), só há o que lamentar. A desmoralização é maior ainda. E o Poder Judiciário, hein?!
Eis, então, uma ideia doida, mas talvez salvadora: por que os assessores dos candidatos, que divergem pouco acerca da crise, não se unem para definir um só projeto para ser posto em prática pelo próximo presidente, seja ele quem for? Não seria um bom caminho? Não estaria na hora de se pensar, até mesmo como legítima defesa, no país como um todo? Por onde andam, afinal, os construtores de pontes? Ou estarei doido? Acílio Lara Resende
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