E imagine-se com sua namorada no Motel Bates. O dito motel é aquele de “Psicose”, o filme de Hitchcock, de 1960, em que o gerente, um tarado vestido de mulher, assassina quem se hospeda nele. Outro pesadelo: suponha-se na Vila Rica (MG) de 1792 com uma súbita dor de dentes. O único dentista à mão é um rapaz simpático e prestativo, mas que só sabe fazer extrações, o Joaquim José.
E por aí vai. Essas situações se referem a riscos que podemos correr por desinformação ou erro de cálculo. Tome alguns dos atuais candidatos à Presidência. Conhecendo-os como políticos, como seria se os contratássemos nas profissões que originalmente exerceram?
Ciro Gomes, por exemplo, era advogado. Sempre fez tudo para perder suas causas — e conseguiu. Henrique Meirelles formou-se em engenharia, mas o único setor que o interessava nos edifícios em que trabalhou era o cofre. E Geraldo Alckmin já foi médico. Sua especialidade era a anestesiologia. Continua a praticá-la, só que como político —seus discursos são sedações quase fatais.
O pitoresco Cabo Daciolo foi bombeiro até outro dia, mas não o chame em caso de incêndio —seu negócio era liderar greves da categoria. Já Jair Bolsonaro é político há 29 anos, mas diz-se, até hoje, membro das Forças Armadas, das quais quase foi expulso. E Lula, igualmente, ainda se apresenta como torneiro mecânico, embora não veja uma chave de rosca há quase 50 anos. Pensando bem, a eles só resta mesmo tentar a Presidência.
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