sábado, 25 de agosto de 2018

A doença que mata qualquer saúva

A campanha contra o cigarro, no Brasil, segundo os especialistas, já resultou em grandes benefícios para a população de fumantes e fumantes passivos. E não foram necessários mirabolantes investimentos. Bastou acentuar que o cigarro mata o fumante e pode prejudicar ainda as pessoas próximas. Além, é claro, de aumentar o preço do cigarro. Fumantes e não fumantes ampliaram a campanha que se tornou exitosa.

Um sucesso que deveria ser aplicado em campanha de combate à corrupção. Se o fumo mata o fumante, deveria ser lembrado que a corrupção não mata o corrupto, mas sua ação é nefasta contra a cidadania de milhares.


Um só corrupto com mais de R$ 50 milhões guardados em um apartamento provocou um genocídio com a apropriação da milionária propina sem que qualquer familiar ou pessoa próxima fosse atingida pelos danos, mas apenas pelos benefícios. Os milhões embolsados por um governador corrupto e presidiário foram ainda mais avassaladores sem destruição entre os mais próximos. Arrasada ficou toda a população de um estado vivendo na precariedade de serviços essenciais como a saúde.

Alertas desse tipo mostram que o cigarro é um inconsequente trombadinha de morte. Derruba apenas o próprio “bandido”, enquanto o corrupto usufrui, muitos eternamente, dos seus saques inclusive para se blindar das doenças que semeiam com sua ação. Ai de quem estiver na área de alcance de seus sistemas corruptos. Pode contar com a miséria certa, a fome rápida e ainda terá que pagar o caixão.

A campanha contra a corrupção deveria mostrar fotos das suas consequências como crianças esperando desde os primeiros meses de vida um implante, bebês em tratamento em quarto com infiltração e mofo, os doentes pedindo, por misericórdia liberação de remédios para continuarem vivos, aposentados cada vez mais pobres, e a regalia da bandidagem política. Não faltaria o que apresentar como prova de que a corrupção é o câncer em pessoa que mata e esfola como uma ceifadeira.
Luiz Gadelha

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