Se até pouco tempo atrás roubavam sobre o que faziam, a estrada, a escola, o hospital, o carro de polícia… , de aproximadamente 16 anos para cá só roubam e nada constroem. O que está cada vez mais cristalino é o fato de estarmos regredindo. Doenças tidas como extintas voltam e matam os mais simples. O índice de mortalidade infantil aumenta, no momento em que o mundo da medicina avança a passos largos. Isso envergonha mais do que os mergulhos de Neymar! As relações de trabalho se equiparam, em muitos casos, ao período pré-princesa Isabel. O acesso aos serviços públicos é cada vez mais difícil. A educação é chacota e a segurança simplesmente não existe.
Isso tudo se deve duas questões absurdamente cruéis: corrupção e aparelhamento do Estado. Não bastasse os desvios de recursos, nos últimos anos as tarefas fins do Estado foram entregues a incompetentes. Graças a ação política rastaquera, os segundo, terceiro e quatro escalões do governo foram entregues a incapazes.
Políticos bandidos geram uma política podre. Mas, renegar a política como instrumento de transformação pode representar um atraso ainda maior. Já sabemos que devemos, nas urnas, punir corruptos e mentirosos. Mas temos também que dar um basta à palhaçada. Não dá para nesse momento aplaudir trogloditas de plantão que prometem bater até na sombra, mas que durante a vida toda viveram com recursos públicos e nada têm para mostrar à sociedade. Também não se pode levar a sério aqueles que planejam mudar os fatos e criam um discurso próprio para limpar biografias enlameadas. Tá difícil, mas podemos achar um caminho.
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