Fernando Collor confiscou a poupança, FHC 2 desvalorizou o real após a reeleição, Lula 1 adotou a cartilha do FMI e Dilma 2 chamou um executivo do Bradesco para fazer o ajuste fiscal. Nada disso tinha sido combinado ou informado previamente.
Falar que o país precisa de ajustes, todos falam, com gradações. Mas é de lamentar que ninguém desça a detalhes mínimos a pouco mais de quatro meses da eleição.
“Não temos um esboço. É cedo para falar”, disse Persio Arida, coordenador do programa de Geraldo Alckmin (PSDB), em entrevista à Folha sobre a reforma da Previdência. “Não quero dar detalhes”, foi outra resposta, sobre retirar da Constituição vinculações obrigatórias entre receitas e gastos em saúde e educação.
Marina Silva (Rede) fala de mais impostos para os ricos. Como? Ciro Gomes (PDT), de aumentar o poder de indução do Estado sobre o crescimento. Com mais isenções de um governo falido? Jair Bolsonaro (PSC) simplesmente não fala.
Na atual conjuntura, ajuste equivale a perdas consideráveis para grupos ou pessoas. Como ele deve ser enorme, equivalente a uns R$ 250/300 bilhões por ano que o país precisa para sair da rota da insolvência, é muita gente que vai perder estando mal informada.
O desequilíbrio fiscal é de tal ordem que o gasto da União com Previdência, servidores e outros benefícios saltou de 57% da receita líquida em 2010 para 77,5% agora. Dos 22,5 pontos de aumento, 16 decorreram do Regime Geral de Previdência Social.
Isso deprimiu os investimentos em infraestrutura e custeio da máquina para o menor valor em quase meio século.
Não estamos longe de a administração como um todo começar a parar, apesar de 70% da população depender, por exemplo, do SUS.
O percentual (70%) é o mesmo dos eleitores em famílias que ganham até R$ 2.800/mês, o que dá a dimensão da dependência que eles têm de escolas, hospitais e transporte públicos. Tudo isso será agravado por uma massa de aposentados nos estados que vem aí, onerando ainda mais suas previdências já deficitárias e tirando pessoal dos balcões de atendimento.
Como sair dessa armadilha é do que a campanha deveria tratar. Mas o padrão do estelionato eleitoral deve ser mantido, parece.
Quando Dilma 2 traiu o eleitorado, sua taxa de reprovação pulou de 24% no pós eleição para 71% em menos de um ano, superando o recorde de Collor em 1992. Foi o começo do fim da petista.
Como as mudanças necessárias (Previdência ou desvinculação de receitas de gastos obrigatórios) precisarão de 3/5 dos votos dos parlamentares, ser um presidente impopular ou com pecha de traidor poderá, mais uma vez, custar caro ao país.
“Não temos um esboço. É cedo para falar”, disse Persio Arida, coordenador do programa de Geraldo Alckmin (PSDB), em entrevista à Folha sobre a reforma da Previdência. “Não quero dar detalhes”, foi outra resposta, sobre retirar da Constituição vinculações obrigatórias entre receitas e gastos em saúde e educação.
Marina Silva (Rede) fala de mais impostos para os ricos. Como? Ciro Gomes (PDT), de aumentar o poder de indução do Estado sobre o crescimento. Com mais isenções de um governo falido? Jair Bolsonaro (PSC) simplesmente não fala.
Na atual conjuntura, ajuste equivale a perdas consideráveis para grupos ou pessoas. Como ele deve ser enorme, equivalente a uns R$ 250/300 bilhões por ano que o país precisa para sair da rota da insolvência, é muita gente que vai perder estando mal informada.
O desequilíbrio fiscal é de tal ordem que o gasto da União com Previdência, servidores e outros benefícios saltou de 57% da receita líquida em 2010 para 77,5% agora. Dos 22,5 pontos de aumento, 16 decorreram do Regime Geral de Previdência Social.
Isso deprimiu os investimentos em infraestrutura e custeio da máquina para o menor valor em quase meio século.
Não estamos longe de a administração como um todo começar a parar, apesar de 70% da população depender, por exemplo, do SUS.
O percentual (70%) é o mesmo dos eleitores em famílias que ganham até R$ 2.800/mês, o que dá a dimensão da dependência que eles têm de escolas, hospitais e transporte públicos. Tudo isso será agravado por uma massa de aposentados nos estados que vem aí, onerando ainda mais suas previdências já deficitárias e tirando pessoal dos balcões de atendimento.
Como sair dessa armadilha é do que a campanha deveria tratar. Mas o padrão do estelionato eleitoral deve ser mantido, parece.
Quando Dilma 2 traiu o eleitorado, sua taxa de reprovação pulou de 24% no pós eleição para 71% em menos de um ano, superando o recorde de Collor em 1992. Foi o começo do fim da petista.
Como as mudanças necessárias (Previdência ou desvinculação de receitas de gastos obrigatórios) precisarão de 3/5 dos votos dos parlamentares, ser um presidente impopular ou com pecha de traidor poderá, mais uma vez, custar caro ao país.
Nenhum comentário:
Postar um comentário