Na mesma época da condenação do Açougueiro da Bósnia, e com bem menos destaque, no Brasil se soube que os procedimentos hospitalares no país matam quase 20 vezes mais, por ano, do que Madlic. E a matança nacional de 300 mil por ano não irá nunca a qualquer tribunal de crimes contra a humanidade. Como também não se esboça qualquer reação contra os 60 mil assassinatos por ano, as dezenas de milhares de mortos em acidentes.
Os crimes governamentais brasileiros produzem genocídios assombrosos a cada ano, mas não tem ainda hoje um condenado, ou sequer indiciado, pois qualquer que seja estará ligado a governos ou nos próprios palácios.
Aqui se mata indiscriminadamente sob a chancela das chapas brancas como nas guerras africanas de libertação nos anos 1960/1970. E a única resposta é o silêncio dos que saúdam a prisão do ex-general europeu.
Luiz Gadelha
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