Esquece também que os aposentados que continuam trabalhando, na escala de 20% do total permanecem contribuindo para o INSS sem receber nada em troca. Mas esta é outra questão.
O fundamental é que o déficit apontado para o INSS não chega à metade dos encargos do Tesouro Nacional com o pagamento de juros para rolagem da dívida interna. Reportagem de Bárbara Nascimento, O Globo desta sexta-feira, destaca que o endividamento pode atingir em 2018 a elevada parcela de 80% do Produto Interno Bruto, caso o BNDES não devolva ao Banco Central recursos da ordem de 130 bilhões de reais que recebeu do Tesouro. Portanto, como o PIB oscila em torno de 4,5 trilhões de reais, se não houver ingresso na receita dos adiantamentos recebidos pelo BNDES o montante da dívida atingirá 4,8 trilhões de reais.
Sobre esse total incidem os juros da Selic na escala hoje de 7% a/a. Basta comparar o desembolso com juros de aproximadamente 300 bilhões ao ano com o alegado déficit da Previdência Social. O governo, porém, não parece considerar importante o que ele paga à mão de tigre do mercado financeiro.
Sobre esse total incidem os juros da Selic na escala hoje de 7% a/a. Basta comparar o desembolso com juros de aproximadamente 300 bilhões ao ano com o alegado déficit da Previdência Social. O governo, porém, não parece considerar importante o que ele paga à mão de tigre do mercado financeiro.
Pelo contrário. As agências de propaganda do governo não veiculam uma palavra a respeito da despesa com juros e só focam na despesa com o pagamento dos aposentados e pensionistas. Um erro tremendo. As agências tão eficientes em anunciar produtos aos consumidores, tornam-se um desastre em matéria de comunicação política. A culpa, aliás, é mais do governo do que delas. Porque elas desempenham contratos financeiros que foram firmados e não podem escolher as mensagens.
Uma pena. Porque, se pudessem escolher as mensagens, chegariam à conclusão de que a comunicação exige um oferecimento positivo aos consumidores. No caso da Previdência, os consumidores são a própria população brasileira . Cem milhões de brasileiros e brasileiras que trabalham, no caso da reforma da Previdência, em vez de receberem notícias positivas, ao contrário, são abastecidas por matérias negativas. Um desastre.
Uma pena. Porque, se pudessem escolher as mensagens, chegariam à conclusão de que a comunicação exige um oferecimento positivo aos consumidores. No caso da Previdência, os consumidores são a própria população brasileira . Cem milhões de brasileiros e brasileiras que trabalham, no caso da reforma da Previdência, em vez de receberem notícias positivas, ao contrário, são abastecidas por matérias negativas. Um desastre.
Ainda por cima, o governo e o PMDB, reportagem de Vera Rosa, O Estado de São Paulo de 29, anunciam para 2018 uma agenda social que inclui a possibilidade de Michel Temer vir a ser candidato à reeleição. A hipótese é defendida pelo ministro Aloysio Nunes Ferreira. Ele considera que as urnas do próximo ano, se não incluirem Lula, a realidade passará a ser outra.
Mas, afirmo eu, com a reforma da Previdência a realidade política para Michel Temer terá batido no fundo do poço. Aloysio Nunes Ferreira está vivendo um sonho. O eleitorado está vivendo um pesadelo.
Mas, afirmo eu, com a reforma da Previdência a realidade política para Michel Temer terá batido no fundo do poço. Aloysio Nunes Ferreira está vivendo um sonho. O eleitorado está vivendo um pesadelo.
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