quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Ano novo com sujeira de décadas

Tá aí o que se queria. Um ano estalando de novo para se pintar o sete. Os prognósticos de comentaristas políticos, analistas econômicos, pajés e profetas já fizeram as apostas mais esdrúxulas. Todos apontam para a incerteza, porque há bilhões de anos, na Terra, o sol continua a nascer no Leste e adormecer no Oeste. O que ocorrer nesse período de tempo é coisa nossa não tem profecia que acerte.

O ano, quando começa, vem meio torto, um pouco sujo e, às vezes, mais do que esfarrapado. É o caso de 2018. Chega com todos os vícios, as malandragens, os jeitinhos e os criminosos que marcaram o ano passado. Inclusive até com as mesmas promessas e a armação ilimitada de estancar prisão dos privilegiados. 

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Não há nada novo debaixo do sol deste ano. A novidade, se acontecer, estará nas mãos dos cidadãos que resolverem rechaçar a pilantragem. A tomada das ruas e o clamor das redes sociais, sem ideologias e partidos, que seja passar o país a limpo, é que será o novo tão esperado.

Sem a revolta dos desesperançados, o ano acabará tão velho quanto os passados. Se verá o replay da tradicional injustiça brasileira que tem dois pesos e duas medidas, a economia dos menos favorecidos para bolsos ricos e o descaso medieval para com os que verdadeiramente sustentam o país no lombo.

De novo, neste ano, só haverá o que se plantar para o futuro, pois o que se colhe e colherá nesses 365 dias será, em grande parte, fruto podre de árvores venenosas há muito crescidas e vicejando.
Luiz Gadelha  

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