A Ernst Young (Estados Unidos) acaba de tornar público estudo segundo o qual, em 2025, 1 em cada 3 empregos vai ser substituído por tecnologias inteligentes. E a Universidade de Oxford (Inglaterra) outro, similar, revelando que 47% dos empregos que hoje conhecemos vão desaparecer até 2040. Nada a estranhar. O físico Stephen Hawking antevê que “a ascensão da inteligência artificial irá provavelmente levar à destruição massiva dos postos de trabalho, sobretudo na classe média”. Será isso bom ou ruim? Provavelmente bom e ruim. Ganha-se em eficiência na produção, qualidade nos produtos e custos. Perde-se em postos de trabalho.
Mesmo profissões tradicionais, como médicos e advogados, vão sofrer. Nos Estados Unidos, um robot-advogado (chamado Ross) vem sendo já usado em várias firmas. Com sucesso. E médicos correm o risco de ser substituídos por máquinas que farão exames e prescreverão receitas, na maioria dos casos. Em resumo, todas as profissões que possam ser sistematizadas correm risco.
O futuro é já presente/ Na visão de quem sabe ler, disse Fernando Pessoa (“Quinto Império”). E ele é razoavelmente óbvio. Empregados com menor qualificação serão substituídos por mais qualificados. A robotização é inevitável. Não só porque robots não movem processos trabalhistas. É que, no longo prazo, custam menos. Também porque são mais precisos. E não erram. Só a fábrica da FIAT, em Goiana (PE), tem 700 robots. E cada robot substitui, em média, 5 trabalhadores. A FIAT, hoje, tem lá 3.000 empregados. Mas, sem os robots, ela teria 0 (zero). Que nem haveria essa fábrica. Impossível recusar o progresso.
Enquanto isso, no Brasil, um grupo bloqueia estradas e vai às ruas, enfurecido, na defesa só do passado – uma lei de 1943. Se batendo contra outro que defende só o presente. Para permitir redução de custos e mais previsibilidade nas relações de trabalho, agora. Ninguém se preocupa em estabelecer as bases do emprego, no futuro. Importante porque, dado os avanços da ciência, as pessoas estão vivendo mais. E tenderão a trabalhar por mais tempo. O que quer dizer ainda menos postos disponíveis, para todos. Está desenhada uma crise. A mais grave da humanidade. A crise do fim do emprego.
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