O maior dos direitos humanos
Às vezes, no decorrer desta viagem, perguntaram-me o que penso do Brasil. Pergunta rotineira, mas a que eu respondo como se ela fosse a principal: em todo o mundo nós somos como um rebanho mandado para o matadouro enquanto nos preparam para vencedores. Mas no Brasil ainda há uma espécie de predestinação que é o que faz a esperança de um povo. (…)
No Brasil, onde muitas mudanças se operam, eu notei no homem comum um respeito profundo pela bondade que, de certo modo, não se adota ou se cultiva como identidade coletiva, mas que não está condenada. De repente, ela está presente, arde como uma lâmpada, aparece como o maior dos direitos humanos.
Agustina Bessa-Luís, "Breviário do Brasil"
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