Torna-se indispensável, portanto, questionar por que muitos mandatários premiados pelo voto popular optaram pela corrupção, ignorando seus eleitores e descartando suas promessas durante a campanha. Tendo recebido a nobre incumbência de promover o desenvolvimento de uma nação com excelente potencial, seriam louvados através dos tempos, mas preferiram aumentar ilicitamente seu patrimônio, enquanto demonstram empáfia para tratar os cidadãos comuns, como se tivessem poderes imperiais para saquear o patrimônio público, arduamente formado nos últimos 200 anos. Sua ganância é insaciável, embora saibam que receberão em troca ressentimento e desprezo da comunidade.
Por que preferem esse caminho? Não se acanham de usufruir uma vida nababesca, enquanto veem, da varanda de suas mansões, mendigos que reviram o lixo à procura de algo para comer? Não se constrangem de saber que milhares de doentes estão estendidos no chão de hospitais públicos sem atendimento digno? Não se angustiam ao ver imagens pela televisão de jovens com politraumatismo, crianças esquálidas com diarreia, gestantes em trabalho de parto, idosos caquéticos e homens devastados pelo câncer?
Essa opção é mais inexplicável porque são os políticos desonestos que estão fomentando o atraso, a ignorância, o desconforto e a insegurança em torno de si mesmo e de suas famílias. Eles vão continuar vivendo em meio a cenas deprimentes de miséria, o que comprometerá seu bem-estar e inviabilizará o futuro de seu país. Está aí seu obscurantismo, porque, tendo as melhores oportunidades para escrever suas biografias em benefício de todos, eles fomentaram sua ambição.
Quando menos esperarem, sofrerão as consequências de uma sociedade ignorante, mal qualificada para o trabalho, fragilizada por inúmeras doenças e ressentida pelo engano de votar em gente tão mesquinha, individualista e desonesta.
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