Se os antigos fraudadores do leite tivessem ido para a cadeia, dificilmente essas atuais quadrilhas se atreveriam a cometer o mesmo crime contra a população. Mas aqui no Brasil se insiste na prática de com facilidade colocar criminosos em liberdade, impunes, a pretexto de serem “reinseridos na sociedade” que ajudaram a envenenar ou de roubar, tal qual está acontecendo com a Adriana Ancelmo, mulher e principal cúmplice de Sérgio Cabral.
As autoridades e as pessoas que ainda têm alguma voz neste país precisam perceber que manter bandido na cadeia não é “assunto de pobre” ou do programa do Datena, nem coisa de país atrasado. A criminalidade, mais cedo ou mais tarde, acabará atingindo a todos que morem por aqui.
Manter bandido na cadeia, seja pobre ou seja rico, é coisa de país civilizado. Manter bandido na cadeia é coisa daqueles países que as autoridades e as pessoas que têm condições financeiras costumam visitar durante as férias, admirar, andar de mãos dadas pelas ruas e comprar produtos com qualidade. É a impunidade que está transformando o Brasil num inferno tropical.
Se eu fosse um líder do crime organizado, minha primeira providência seria infiltrar algum comparsa (ou melhor, vários) no Poder Judiciário (principalmente no Supremo Tribunal Federal), para dar cobertura às minhas ações e dos meus camaradas em nível local e nacional.
Só depois de tal providência é que o crime poderá ser chamado de “organizado”.
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