O motivo é óbvio: aqui se morre de Brasil. De incompetência, de irrelevância, de bala perdida, de buraco na estrada. Não há o menor valor à vida, nem mesmo dos próprios proprietários das mesmas, que se arriscam diariamente nesta pocilga para continuar respirando este ar fétido. Há motivos sim – muitos – para que não tenha sido um acidente. Mas há muito mais motivos para que tenha sido.
Em respeito ao homem público, me abstenho tanto de acreditar nas teorias da conspiração quanto na possibilidade de ter sido uma licenciosidade dele mesmo. Já afirmei por aqui que procuro não parar debaixo das pontes. Sou engenheiro. Sei como elas andam sendo construídas, só com a metade do dinheiro. A outra metade é transferida em tenebrosas transações.
O que fica é o perigo, rondando nossas cabeças incautas, de que tudo desabe num trágico “acidente pavoroso”. Conta agora a do papagaio. Nunca é tarde para lembrar a inutilidade de um atentado dessa monta, uma vez que a equipe toda do ministro continua viva, não é mesmo? Ou será que eles não sabem do que se trata a Lava Jato?
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