E ganham bem menos que os militares, que depois do serviço e até serem escalados novamente, apenas “trabalham” meio expediente. De mais a mais, é uma falácia alegar que “o Exército está nas fronteiras”, porque muitas outras instituições públicas também operam nessas regiões, como a Polícia Federal e a Receita Federal. Com exceção da Amazônia, não vejo os militares nas divisas com a Bolívia, Peru, Paraguai, Uruguai, Argentina, que eu as conheço muito bem, mas lá encontrei os agentes da Polícia Federal.
Portanto, convenhamos, os privilégios aos militares, parlamentares, magistrados etc. representam uma injustiça aos demais trabalhadores, que marcham solenemente no dia a dia como pagadores de impostos e patrocinadores dessas mordomias e regalias que os três poderes se concederam.
Por outro lado, se é este o espírito e o desejo dos militares, que pretendem diferenciar da população os seus aquartelados, colocando-os em pedestais de incomparabilidade com os “paisanos”, então é porque a maionese desandou mesmo, a ponto de os membros das Forças Armadas nos tomarem como inimigos e nos explorarem até onde for possível, do mesmo modo como fazem os parlamentares e também os juízes, que se julgam acima do bem e do mal, razão pela qual devem receber proventos milionários, várias férias por ano, podendo engavetar processos por anos a fio, e o povo que dê jeito de sustentar os diferenciados e privilegiados trabalhadores que se julgam superiores aos demais brasileiros.
Se isso for verdade, decididamente este país sucumbiu a si mesmo.
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