Com certeza, tinha rendimentos que davam de sobra. Mas não, por gostar de levar vantagem em tudo, preferia receber o triplex como um agrado dos seus amigos da Odebrecht, por ter sido tão amigo deles. Mas tão logo O GLOBO revelou o triplex, Lula consultou os advogados e resolveu “desistir” do apartamento. Mesmo depois das visitas de Marisa Letícia e Lulinha, que aprovaram as reformas e os equipamentos. E ainda escrachou o triplex como “muquifo”, e “minha casa minha vida”, como se vivesse em um palácio na fulgurante São Bernardo.
Mas não, mesmo tendo ganho uma pequena fortuna, digamos, legitimamente, com suas palestras de R$ 300 mil, o cara não queria gastar R$ 1,2 milhão para pagar as obras feitas pela Odebrecht. Achou mais esperto desistir para não criar problemas, e aí que criou. Se não gostasse da vizinhança, se não tivesse privacidade na praia em frente, poderia vendê-lo algum tempo depois, valorizadíssimo como “o triplex do Lula”, e embolsaria uma boa grana para comprar uma bela casa em Maresias, que é mais privê. Zero problema.
Hoje, os Lula da Silva poderiam estar desfrutando seus fins de semana com todo o conforto e uma bela vista para o mar do Guarujá. Mas não, ele preferiu criar a fantasia do apartamento que era mas não era dele, e se enrolar em problemas judiciais que podem até levá-lo à cadeia. Por um punhado de reais. Esperteza, quando é muita, come o esperto. Não foi a ambição, mas o orgulho que ferrou Lula.
Nelson Motta
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