A mídia divulgou que, nos últimos dez anos, boa parte das ações penais que ingressaram no STF – desde que tratassem de bandidos com foro privilegiado, é claro – foram simplesmente “prescritas”. Vale dizer: apagadas da memória judiciária nacional.
Ou – o que realmente importa – os bandidos continuaram soltos em seus palácios, posando calhordamente de impolutos, tripudiando de todos e impondo sacrifícios pesados à maioria da população brasileira.
Argumenta-se que isto acontece em consequência de atrasos nas chamadas “instâncias inferiores”, feudos dos juizecos, para usar a gíria da moda. Vá lá, mas só em parte. O STF também tem a sua culpa no cartório. E não é pouca.
Precisa provar? Tudo bem: quem adiou o recente julgamento sobre réus e linha sucessória presidencial, que atingiria Renan Canalha, não fui eu, nem foram vocês. Foram os boçais de toga da doutora Cármen Lúcia.
O jeitinho pouco judiciário de empurrar com a barriga o caso de Renan, somando-se a tantas outras coisas – como a jogada de Lewandowski fatiando a punição a Dilma Rousseff –, conduz a uma só coisa: a crescente desmoralização da Justiça diante do conjunto da sociedade brasileira.
Desse jeito, vamos acabar respeitando mais – muito mais – a Polícia Federal do que o STF. Fica bonito para a cara engomada de vossas excelências? Claro que não. Mas, pelo visto, não é outra coisa o que os nossos magistrados-celebridades estão pedindo que aconteça.
Não vai demorar a aparecer quem diga que aquelas togas de excelência servem, na verdade, para disfarçar ou esconder as excelentes cagadas das tribunícias excelências federais.
Quanto a nós, meros cidadãos brasileiros sujeitos a arbitrariedades de todo tipo, o que mais vai cansando é essa história de político só ser preso depois que perde o mandato e/ou cai em desgraça.
O que nos resta, portanto, a não ser o caminho das ruas? Dar uma banana solene para o STF e despachar pedradas em direção às vidraças do Congresso?
É o que nos perguntamos, mais e mais. E a verdade é que já passou da hora de os cidadãos articularem um movimento público para escorraçar Renan Canalha do cenário político-institucional do país.
Depois que esse patife for destronado e conduzido à cela que o espera, será possível cuidar de liquidar outros gângsters.
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