A esquerda brasileira precisa repensar o seu papel na política se quiser continuar dando as cartas. As eleições municipais deste ano mostraram que o PT que, na década de 1980, se apresentou ao país com uma roupagem de vanguarda e defensor intransigente da ética na política, foi para o ralo da história. A população disse não a corrupção e condenou o partido e seus militantes ao ostracismo nessas eleições municipais. A direita – ou melhor, o centro – abocanhou as duas principais prefeituras do país: São Paulo e Rio de Janeiro, um sintoma de que o eleitor desaprovou os governos petistas e suas alianças à direita. Por essa amostragem eleitoral nas duas capitais mais importantes do país pressupõe-se que a campanha presidencial de 2018 caminha seguramente para uma vitória de um candidato conservador.
Por esse resultado, ninguém pode se queixar do eleitor brasileiro e nem dizer que ele não sabe votar, como disse Pelé em um de seus surtos antropológicos. Quando Sarney enterrou a economia como primeiro presidente civil da república, o eleitor respondeu elegendo Collor que parecia um caçador de marajás de verdade. Dois anos depois a desilusão veio com o impeachment dele e as acusações de corrupção no seu governo. O povo foi às ruas e o mandou para casa. Surgiu então Itamar Franco que deu a partida para a estabilidade econômica tendo à frente da economia o ex-senador Fernando Henrique Cardoso. O Brasil caminhou para a prosperidade e para estabilidade econômica com a nova moeda. FHC ficou no governo durante dois mandatos sem grandes atropelos.
Por esse resultado, ninguém pode se queixar do eleitor brasileiro e nem dizer que ele não sabe votar, como disse Pelé em um de seus surtos antropológicos. Quando Sarney enterrou a economia como primeiro presidente civil da república, o eleitor respondeu elegendo Collor que parecia um caçador de marajás de verdade. Dois anos depois a desilusão veio com o impeachment dele e as acusações de corrupção no seu governo. O povo foi às ruas e o mandou para casa. Surgiu então Itamar Franco que deu a partida para a estabilidade econômica tendo à frente da economia o ex-senador Fernando Henrique Cardoso. O Brasil caminhou para a prosperidade e para estabilidade econômica com a nova moeda. FHC ficou no governo durante dois mandatos sem grandes atropelos.
Durante esse período do troca troca de presidente depois da ditadura, o PT foi o partido que mais se destacou na oposição. Fez oposição cerrada a todos os presidentes. Para mostrar que pensava diferente dos demais políticos votou contra o novo modelo da Constituição. E mais: Lula, o líder da oposição, como Deputado Federal, abriu o verbo contra seus parceiros, chamando-os de picaretas para o delírio dos brasileiros. Mas a boca dura não o levava a lugar nenhum. Algo faltava para que Lula emplacasse a sua candidatura a presidente da república, depois de três tentativas frustradas. E esse algo mais apareceu: a direita vestida de vice. José Alencar, o empresário da indústria têxtil de Minas Gerais, surgiu pelas mãos de Zé Dirceu para tirar o ranço incendiário do Lula e acenar com o apoio dos empresários e banqueiros que desconfiavam de um governo de Lula.
Assim, a esquerda pragmaticamente chegava à presidência sem assustar a elite que Lula tanto combatia. Zé Dirceu, com isso, vestia uma roupa nova no seu líder que logo se deslumbrou com o poder e juntou-se aos empresários e banqueiros para governar com estabilidade política e econômica. O apoio do parlamento veio em seguida com os acordos petistas com as figuras até então carimbadas de direita pela cúpula do PT. Não demorou muito, Lula logo se uniu a José Sarney, Collor, Maluf e outros próceres da política brasileira. E quando a corrupção invadiu o Palácio do Planalto foi desse pessoal que ele se socorreu para que o mensalão não desabasse sobre a sua cabeça.
O eleitor, mas uma vez, reconduziu Lula à presidência da república, mas com certa desconfiança. Ao contrário de FHC, Lula só ganhou a reeleição no segundo turno disputando com Geraldo Alckmin, ex-governador de São Paulo, o maior colégio eleitoral do país, mas um político sem carisma. Aos trancos e barrancos, Lula terminou o mandato e elegeu seu sucessor. Conduziu ao altar a burocrata Dilma, que nunca se submetera a uma eleição. Nem de síndico. Mais uma vez, o eleitor fez a vontade de Lula, mas com ressalta: levou a Dilma para o segundo turno. A Dilma, coitada, entrou em parafuso. Era muito areia para o caminhão dela. Jogou fora a história, a firmeza nos princípios ideológicos e, a exemplo do Lula, foi buscar na direita o apoio para governar orientada por seu guru. Estaria até hoje no poder, se o eleitor não tivesse dissolvido essa aliança de conveniência indo às ruas para pedir o fim da corrupção e do seu governo que se agarrou aos conservadores de direita para insistir em ficar no poder.
Como você pode ver, eleitor, essa coisa de esquerda no Brasil é uma falácia. Para governar, a esquerda sempre se aliou com à direita. Por isso, podemos assegurar que os brasileiros são os protagonistas de toda essa história. Quando a coisa desanda eles vão às ruas e muda tudo. Foi assim com a ditadura militar, com o movimento das Diretas já e, agora, com o PT. E assim sempre será, como dizia João Ubaldo: viva o povo brasileiro!
Assim, a esquerda pragmaticamente chegava à presidência sem assustar a elite que Lula tanto combatia. Zé Dirceu, com isso, vestia uma roupa nova no seu líder que logo se deslumbrou com o poder e juntou-se aos empresários e banqueiros para governar com estabilidade política e econômica. O apoio do parlamento veio em seguida com os acordos petistas com as figuras até então carimbadas de direita pela cúpula do PT. Não demorou muito, Lula logo se uniu a José Sarney, Collor, Maluf e outros próceres da política brasileira. E quando a corrupção invadiu o Palácio do Planalto foi desse pessoal que ele se socorreu para que o mensalão não desabasse sobre a sua cabeça.
O eleitor, mas uma vez, reconduziu Lula à presidência da república, mas com certa desconfiança. Ao contrário de FHC, Lula só ganhou a reeleição no segundo turno disputando com Geraldo Alckmin, ex-governador de São Paulo, o maior colégio eleitoral do país, mas um político sem carisma. Aos trancos e barrancos, Lula terminou o mandato e elegeu seu sucessor. Conduziu ao altar a burocrata Dilma, que nunca se submetera a uma eleição. Nem de síndico. Mais uma vez, o eleitor fez a vontade de Lula, mas com ressalta: levou a Dilma para o segundo turno. A Dilma, coitada, entrou em parafuso. Era muito areia para o caminhão dela. Jogou fora a história, a firmeza nos princípios ideológicos e, a exemplo do Lula, foi buscar na direita o apoio para governar orientada por seu guru. Estaria até hoje no poder, se o eleitor não tivesse dissolvido essa aliança de conveniência indo às ruas para pedir o fim da corrupção e do seu governo que se agarrou aos conservadores de direita para insistir em ficar no poder.
Como você pode ver, eleitor, essa coisa de esquerda no Brasil é uma falácia. Para governar, a esquerda sempre se aliou com à direita. Por isso, podemos assegurar que os brasileiros são os protagonistas de toda essa história. Quando a coisa desanda eles vão às ruas e muda tudo. Foi assim com a ditadura militar, com o movimento das Diretas já e, agora, com o PT. E assim sempre será, como dizia João Ubaldo: viva o povo brasileiro!
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