domingo, 2 de outubro de 2016

Vida moderna: o Big Brother virtual e o fim do anonimato

Aqui na Inglaterra, até por volta de 2008, era normal assistir ao aviso na TV britânica alertando a todos que evitassem jogar no lixo quaisquer papéis contendo simples dados pessoais, como endereço e telefone. Na Inglaterra não portamos documento de identidade, o que vale é a palavra. Mesmo hoje em dia, qualquer pessoa que, vasculhando meu lixo, obtenha meus dados, nome, telefone, endereço e o número da minha conta bancária, copiados de um papel de correspondência de banco que eu porventura tenha jogado fora sem destruir, poderá realizar inúmeras funções e transações sociais em meu nome, passando-se por mim nas compras, em empréstimos etc…

Foi com essa mentalidade, quando retorno ao Brasil em 2009, que me assombrei quando me perguntaram se eu queria a tal da Nota Fiscal Paulista, da qual nunca havia ouvido falar, mas fui logo me interando do que se tratava.

O Brasil havia se tornado a cobaia desse novo mundo exposto no vídeo da pizza no Youtube…

Pensei: – Ué? Tomam 17% de imposto no caixa para depois de um tempo ressarcir 4%, por que então não cobram logo os 13% e diminuem o Custo Brasil?
15 dibujos discordantes que muestran lo absurdo de la vida de todos
Trata-se de gerar um banco de dados, onde, informando o nosso CPF, partilhamos com sabe-se lá quem até a cor da calcinha que a esposa usa. Se conseguem incutir tal procedimento justamente no povo brasileiro, que ainda “olha e vive com pudor” como diz a música, nem imagino o que conseguirão pelo mundo afora…

Nos seis anos consecutivos longe do Brasil, de 2003 a 2009, houve uma única vez que assisti toda a população inglesa manifestando-se de forma generalizada; foi quando o governo cogitou instituir um documento de identidade (o RG, que para nós brasileiros é tão normal), e foi um escândalo nacional só o fato do gasto que teriam em tirar as fotografias para fazer os documentos…

Estou de volta á Inglaterra. Hoje em dia, ao sair de casa para colocar a lixeira na rua, tendo o telefone celular comigo, em questão de segundos todos os meus dados no telefone, criptografados ou não, são transmitidos a um sistema que controla toda a grade de informações, o chamado “Grid”, o mesmo que sabe qual interruptor de luz apertei há 3 minutos atrás, e que estou em casa, precisamente geolocado, digitando no teclado deste computador, neste instante…

Dando um salto para encurtar conversa, no contexto em que vivemos hoje, mesmo nos comentários que leio na TI, vejo o quanto vivemos agarrados aos nossos antepassados, ao vínculo das gerações, à educação recebida, vejo tantas vertentes, crenças, e neste debate sobre o poder mistura-se de tudo aos acontecimentos, Deus e religiões, teorias das conspirações etc…

Discutimos as façanhas dos famigerados, dos notórios, procuramos lideranças, como que carentes de sumidade restauradora da ordem, quando na verdade estamos mesmo é apegados a um poder, que criou um fator social, de imperativa importância, que hoje passa desapercebido e nos torna totalmente desguarnecidos de esperança futura.

Embora celebremos, juntos na internet, nossa “liberdade” de acesso á tamanha quantidade de informação, conhecimento e sabedoria, como, por exemplo, saber que um Rockefeller bancou o movimento feminista com o intuito de agregar ao sistema metade da população mundial que não pagava imposto. O saber dos fatos, para um fim do anonimato, trouxe-nos a chegada das redes sociais, quando milhões e milhões de indivíduos, até então anônimos, foram inseridos no “Grid”.

Consequentemente popularizaram-se os dispositivos móveis, celulares, tablets, um sem-número de “gadgets”, o Wi-Fi, e para tornar viável essa agregação de milhões foi necessário aumentar muito a frequência Hertz da telefonia celular viabilizando assim os smartphones com streaming de vídeos (Youtube), o sinal de TV na palma da mão, tornar os Facebooks, Twitter e Whatssap funcionais.

 Aí o fator social que passa despercebido: somos agora uma geração que convive com campos eletromagnéticos 20 mil, 25 mil vezes mais fortes do que os humanos podem suportar. Nossos filhos e netos estão recebendo essa radiação eletromagnética desde o dia em que nasceram, e através desses dispositivos móveis onde se concentra a internet hoje em dia, seja num laptop no colo (que já nem chamam mais de laptop, óbvio), num tablet com seu enorme campo de radiação colado nos ovários das meninas e moças, um celular emitindo altíssimas frequências de radiação no crânio, ou diretamente no sêmen humano dos jovens sentados interagindo com um celular…

Infinitamente mais nocivo que aquecimento global, que todo Lula, Temer, Trump e porvires juntos…

Quaisquer tentativas de trazer a público esta realidade, as poucas pesquisas independentes que constatam esses fatos são desmoralizadas e esmagadas.
Somos na realidade regidos por outro poder, do qual hoje mal damos conta em reconhecer; o poder da vida, regido por uma antena eletromagnética que denominamos de nossa espinha dorsal, que não pode com toda essa radiação de agora.

Sou do tempo da BBS do Mandic, cresci com TV em preto e branco, sempre fui avisado que ficasse bem longe da radiação da TV. Hoje nem se fala mais nisso, as TV’s LED não emitem radiação! Ledo engano, trouxemos o mal da radiação para bem mais perto, colado em nossos corpos…

Quando chegaram os computadores com internet foi o anonimato que proporcionou a grande parte dos usuários a possibilidade de conhecer, através do que era chamado “cena underground” (anônimos), algo mais que o joguinho de paciência no ambiente Windows. Naquele tempo, sim, a internet teve sua verdadeira função social de prover informação, conhecimento e sabedoria! Nem se compara à experiência online que temos agora.

Hoje, há a ilusão de que o poder nos parece tão escancarado, temos Wikileaks, delações no Brasil etc., sabemos de tudo num flash, mas confesso que em meio a toda essa experiência social na qual estamos envolvidos, quando nos apercebemos do que realmente está acontecendo, vem a certeza de que o anonimato foi sempre uma melhor alternativa.

Neste mundo do avesso de hoje, são os famigerados, os ilustres, os célebres, que nos enganam, estamos como insetos rodeando uma lâmpada artificial no meio da noite. Essas “celebridades” do poder atual, são eles os donos do “Grid”, que contém todas as nossas informações, nossos dados. Sabe-se lá o que irão aprontar ainda com isso.

Falta de anonimato é o fim da liberdade, e o que farão anonimamente com esse “Grid” pode significar um fim para a humanidade, como a conhecemos hoje.

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