Vale começar pelo fim. Pesquisa não ganha eleição, conclui-se com algumas exceções. Dirão todos ter sido o eleitorado que mudou, o eleitor que não dispôs de caráter para votar como prometeu.
Importa, porém, atentar para a fragilidade dos institutos de pesquisa. É claro que os jornais de amanhã estarão cheios de explicações para demonstrar que as previsões estavam certas, foi o povo que mudou à última hora. No entanto, a formulação das questões, como sempre, deixou a desejar.
Tempos atrás os resultados de cada pesquisa eram acompanhados do tal “a margem de erro é de dois pontos para a frente ou para trás”. De duas eleições para cá os números foram aumentados: a margem de erro passou a três pontos. Este ano as empresas que sondam a opinião pública perderam a compostura: já situaram a margem de erro em quatro pontos para cima ou para baixo.
Logo, nas próximas eleições, essa confissão de fracasso aumentará. Vão situar suas previsões em cinco ou seis pontos. Equivale a dizer, o candidato vencerá ou perderá porque seis mais seis são doze, ou seja, até esse total de diferença o instituto acertou…
Engana-se quem quer, tornando-se meio cômica a conclusão a que chegarão as empresas empenhadas em faturar: “nós acertamos; o eleitorado é que mudou”…
Logo, nas próximas eleições, essa confissão de fracasso aumentará. Vão situar suas previsões em cinco ou seis pontos. Equivale a dizer, o candidato vencerá ou perderá porque seis mais seis são doze, ou seja, até esse total de diferença o instituto acertou…
Engana-se quem quer, tornando-se meio cômica a conclusão a que chegarão as empresas empenhadas em faturar: “nós acertamos; o eleitorado é que mudou”…
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