A desigualdade na cidade do Rio passa pelos trilhos do metrô. Enquanto os moradores no entorno da estação Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, Zona Sul, comprometem menos de 3% da sua renda mensal média de R$ 8.561 com a passagem do metrô, quem mora nos arredores da estação Acari/Fazenda Botafogo, na Zona Norte, tem 25,6% da sua renda média de R$ 703 comprometidos com esse transporte.
No BRT, a disparidade aumenta: moradores da área da estação Golfe Olímpico da Transoeste, na região da Praia da Reserva, comprometem 1,11% da sua renda média de R$ 15.078 com o BRT. Já para o morador do entorno da estação da Transoeste na Vila Paciência, comunidade em Santa Cruz, esse percentual vai para 35,2% da sua renda média de R$ 473.
Os moradores da Vila Paciência também são os que mais comprometem sua renda mensal (64,9%) quando se analisa o bilhete de integração entre metrô e BRT — pensado justamente para representar economia para a população.
Os dados são parte de estudo inédito feito pela Diretoria de Análise de Políticas Públicas da Fundação Getulio Vargas (FGV-Dapp) numa parceria com O GLOBO para as eleições deste ano.
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