Enquanto no primeiro escalão as trocas são quase instantâneas na gestão Michel Temer (PMDB) – já foram quatro ministros substituídos –, no subterrâneo da política brasiliense, indicados pelo PT permanecem em cargos chaves e alimentam uma disputa fratricida no segundo e terceiro escalão do Governo. Cálculos extraoficiais apontam que quase 40% dessas funções ainda estão nas mãos de petistas. São cerca de 50 cargos com salários que variam entre 8.000 e 14.000 reais. O Governo queria esperar passar o impeachment de Dilma Rousseff (PT) para ocupar todos os cargos.
Vice-presidências, diretorias e superintendências de órgãos como a a Caixa, o Banco do Brasil, a Fundação Nacional do Índio (Funai), a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) e a Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social (Dataprev) têm sido disputadas por vários dos aliados do novo presidente brasileiro.
A corrida pelo cargo comissionado é tamanha que até petistas, hoje ferrenhos opositores à gestão Temer, tentam emplacar seus apadrinhados em alguma função. O caso mais emblemático neste sentido é o de Paulo de Tarso Campolina, um nome defendido nos bastidores pelo ex-ministro Carlos Gabas, que atuou na gestão Rousseff, e pelo ex-deputado federal pelo PT Cândido Vaccarezza para presidir a Dataprev. Atualmente o órgão tem como presidente Rodrigo Ortiz D’Avila Assumpção, na função desde 2008, ainda no governo Luiz Inácio Lula da Silva.Leia mais
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