Por ser bela e pequenina:
O mestre Humberto Teixeira
A chamou de masculina,
Caetano viu nela a lua
Com sua luz de lamparina.
II
Agora o mundo voltou
Os olhos pra Paraíba,
Pois acharam um terrorista,
Primo de Zé Carnaíba,
Que é bom de perna e de faca,
Na briga fica por riba.
III
Ele mora em Cabedelo,
Tão bonita quanto o Céu,
Costumava andar na orla
Pra comer sarapatel
E ouvia toda tarde
O Bolero de Ravel.
IV
Conheceu pela Internet
Um movimento esquisito,
Que queria mudar o mundo
No coice, tapa e no grito,
E ensinava a fazer bomba
Com buchada de cabrito.
V
Mandava pegar o bucho
E entupir de picado,
Depois com uma linha preta
Deixava bem costurado
E fazia uma bolinha
Interando o cozinhado.
VI
O tempero da buchada,
Misturado com tutano,
Pimenta-do-reino e sebo,
Coentro, cebola e Cinzano,
Botava pra cozinhar
Na panela de um cigano.
VII
É uma bomba poderosa,
Solta nitrato encardido,
Não fica ninguém por perto
E quem não morre enturido
Pode ficar quase mouco
Com o pipoco no ouvido.
VIII
Se soltar dentro de um ônibus,
Gera a maior confusão,
O motorista, enfartando,
Se mete na contramão
E o maquinista do trem
Nem chega na estação.
IX
Num jogo de bacará,
Detonaram uma buchada:
O jogador dava o choro,
Na hora da respirada,
A bomba entrou nas narinas
Que deixou a venta inchada.
X
Na diligência de ontem,
A Federal na cozinha
Encontrou bucho de bode,
Cachaça e pé de galinha,
Uma faca de cortar fumo
E um carretel de linha.
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