terça-feira, 26 de julho de 2016

De onde sairá o dinheiro?

Aqui e em qualquer outro lugar, campanha eleitoral é algo caro. E a maioria dos candidatos não dispõe de fortuna pessoal para arcar com os custos.

O Brasil está entre os cinco países onde as eleições custam mais caro. Por conta disso, adotou-se uma lei que, se respeitada, reduzirá dramaticamente os gastos das eleições deste ano.

A lei proíbe as doações de empresas aos políticos. Apenas pessoas físicas, e mesmo assim obedecidos determinados limites, podem fazer doações. Logo num país sem tradição disso.

O que esperar? Que diminua o número de candidatos? Que só os candidatos ricos se elejam? Ou que só se elejam aqueles que exercem cargos ou que já são bastante conhecidos?

O tráfico de drogas deixará de financiar seus candidatos? E as milícias? E as igrejas evangélicas que recebem doações e que não são fiscalizadas?

Deve-se esperar a revogação da lei para futuras eleições. A cada nova eleição, por sinal, o país conhece uma nova lei que tenta discipliná-la. A deste ano será um experimento malsucedido.

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