Nas cidades-estado de Bremen e Berlim, até o final do ano passado, quase uma em cada três crianças com menos de 15 anos (31,5%) dependia do Hartz IV. No estado da Saxônia-Anhalt, a porcentagem era de 21,8%, e em Hamburgo, 20,4%. A Baviera apresenta o menor número de crianças dependentes do auxilio do governo, com apenas 6,5%.
Os dados, que resultam de uma análise encomendada pela deputada Sabine Zimmermann, do Partido A Esquerda, também evidenciam discrepâncias entre as duas metades do país. No leste da Alemanha, 23,3% dos jovens com menos de 15 anos dependem do "Hartz IV", enquanto no oeste, esse número cai para 13%.
Zimmermann ressaltou que o problema fundamental apontado pela pesquisa não é a pobreza das crianças, mas de seus pais. "O grande número de crianças que dependem do Hartz IV reflete as tensões que ainda permanecem no mercado de trabalho em muitas regiões, que ainda sofrem com poucos empregos e baixos salários".
O Hartz IV foi introduzido em 2004 em substituição ao sistema anterior para os desempregados de longo prazo, que levava em conta o histórico individual de trabalho. O sistema atual estabelece o pagamento mensal de um valor fixo por adulto (atualmente 404 euros), com adicional por filhos.
O sistema é alvo de críticas e elogios, quase na mesma medida. Alguns o exaltam por reduzir o desemprego e impulsionar a economia do país, enquanto outros o recriminam por ser rígido demais e perpetuar a pobreza.
O partido A Esquerda declarou anteriormente que abolir o Hartz IV é um de seus principais objetivos políticos.
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