E no segundo caderno? Neste deparamos com o superproblema da proposta de recuperação judicial da OI, um rombo da ordem de 65 bilhões de reais afetando 2.980 cidades, pouco mais da metade dos 5 mil e 600 municípios brasileiros. A reportagem de Daniele Nogueira, Danilo Fariello, Glauce Cavalcanti, Júlia Cole, Ramona Ordonez e Renan Setti ilumina o panorama extremamente crítico da empresa com fortes reflexos no sistema nacional de telefonia fixa. O que está acontecendo com o Brasil?
A esfera social sofreu as consequências mais intensas, refletidas e represadas no profundamente negativo fenômeno do desemprego. Pois o dinheiro público, de fato, foi transferido dos legítimos interesses públicos para os bolsos dos ladrões, inclusive em contas instituídas de forma disfarçada em bancos no exterior e trustes operados por fundos financeiros.
Um dos resultados desse verdadeiro assalto em série foi o de ter fomentado e ampliado ao máximo a concentração de renda. E não para sua redistribuição prevista entre os valores cristãos.
Ao invés de respeitar esse princípio humanístico, ocorreu uma voragem avassaladora, comprometendo líderes políticos, chantagistas, intermediários eternos ligados ao processo de poder, uma subtração direta e indireta dos recursos públicos. Por esse caminho, explica-se bem a falta de atendimento no campo da saúde pública, a falta de repasses financeiros legalmente previstos à educação, as lacunas de sempre na segurança pública.
Para se dimensionar bem a gravidade do sistema corrupto, basta dizer que, no primeiro plano, a vida humana depende da saúde, da segurança, do saneamento básico e da educação.
O conjunto essencial desses valores foi substituído pela fraude, pela extorsão, pela conivência do crime continuado. Tem-se a impressão, como passam as reportagens de O Globo de quarta-feira, que não se adquire nada nos serviços públicos sem que deixe de ser acrescentada a importância chamada “o por fora”.
Da mesma forma não se contrata obra alguma, seja de que dimensão for, sem que comissões que irrigam os canais da corrupção sejam pagas a alguns e, portanto, cobradas da sociedade brasileira como um todo.
Os ladrões, até a Operação Lava-Jato, tinham suas faces ocultas e seus nomes não apareciam nos jornais, revistas, emissoras de televisão. Agora, com suas identidades reveladas, passaram a ser reconhecidos pela opinião pública. Suspeitas de ontem transformaram-se nas certezas de hoje.
Um avanço, sem dúvida. Uma forma de estancar milhares de novos roubos. Mas os totais roubados dificilmente poderão ser reembolsados. Milhares de ladrões, infelizmente, saquearam 204 milhões de pessoas. Pois esta é a população brasileira que precisa recuperar, pelo menos a esperança.
Ao invés de respeitar esse princípio humanístico, ocorreu uma voragem avassaladora, comprometendo líderes políticos, chantagistas, intermediários eternos ligados ao processo de poder, uma subtração direta e indireta dos recursos públicos. Por esse caminho, explica-se bem a falta de atendimento no campo da saúde pública, a falta de repasses financeiros legalmente previstos à educação, as lacunas de sempre na segurança pública.
Para se dimensionar bem a gravidade do sistema corrupto, basta dizer que, no primeiro plano, a vida humana depende da saúde, da segurança, do saneamento básico e da educação.
O conjunto essencial desses valores foi substituído pela fraude, pela extorsão, pela conivência do crime continuado. Tem-se a impressão, como passam as reportagens de O Globo de quarta-feira, que não se adquire nada nos serviços públicos sem que deixe de ser acrescentada a importância chamada “o por fora”.
Da mesma forma não se contrata obra alguma, seja de que dimensão for, sem que comissões que irrigam os canais da corrupção sejam pagas a alguns e, portanto, cobradas da sociedade brasileira como um todo.
Os ladrões, até a Operação Lava-Jato, tinham suas faces ocultas e seus nomes não apareciam nos jornais, revistas, emissoras de televisão. Agora, com suas identidades reveladas, passaram a ser reconhecidos pela opinião pública. Suspeitas de ontem transformaram-se nas certezas de hoje.
Um avanço, sem dúvida. Uma forma de estancar milhares de novos roubos. Mas os totais roubados dificilmente poderão ser reembolsados. Milhares de ladrões, infelizmente, saquearam 204 milhões de pessoas. Pois esta é a população brasileira que precisa recuperar, pelo menos a esperança.
Nenhum comentário:
Postar um comentário