Ou seja, o pedido de impeachment continua de pé, alicerçado pelo parecer favorável da Assessoria Jurídica da Câmara. O que realmente houve de positivo para o Planalto/PT/Instituto Lula foi a anulação da votação secreta para eleger a Comissão do Impeachment.
Agora, os líderes terão de aprovar nova lista, para submetê-la à Mesa da Câmara, com vistas a uma decisão simbólica, pois não haverá candidatura avulsa e a eleição será de chapa única.
Enquanto esta disputa interna prossegue, cabe a pergunta: o que decidirá a tão cobiçada Comissão? Simplesmente vai dizer que apoia ou não o parecer do relator, que pode ser contra ou a favor de Dilma, dependendo dos velhos trinta dinheiros que notabilizaram Iscariotes.
Acontece que o impeachment de Dilma Rousseff na verdade será decidido pelo plenário da Câmara, em voto aberto, depois de amplamente conhecida e analisada a acusação desferida pela Assessoria Jurídica da Mesa.
Como aconteceu com Collor, no plenário a votação será aberta, com cada deputado proferindo seu voto ao vivo e a cores. Dilma precisa de um placar estelionatário que atinja 171 votos favoráveis. Na última eleição, teve 199 votos, mas foi no sistema secreto. Com voto aberto, esses escassos 18 votos que lhe sobraram podem se esfumaçar diante das implacáveis telas da TV.
Com as ações e recursos, o Planalto conseguiu atrasar a votação, quando deveria tentar acelerá-la. O tempo conspira contra Dilma e o Congresso vai entrar em recesso, para complicar ainda mais a situação. Enquanto isso, a economia do país vai se derretendo e o povo pobre volta a sofrer cada vez mais. A solução desta gravíssima crise fica para quando Deus quiser, como é praxe na política brasileira.
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