Há percepção generalizada de que o Planalto está completamente perdido, de que as promessas da campanha eleitoral foram mentiras vultosas e de que o tamanho da pilhagem aos cofres públicos assume caráter inominável, conforme evoluem as investigações da Polícia Federal. Estabeleceu-se uma conjuntura melancólica que afeta diretamente nosso cotidiano.
A inflação foi ressuscitada e me afastou, dentre outros alimentos, do iogurte.
Também, observo entre os jovens um desânimo geral com relação a trabalho, pois onde quer que entreguem seus currículos, são informados de que não existe perspectiva de contratos novos, e pelo contrário, estão ocorrendo várias dispensas.
Sumiram os empregos, e boa parte da juventude está sendo empurrada à marginalidade devido ao ócio vazio.
Para piorar, temos um Governo que mal iniciou o encargo executivo, e já perdeu completamente a condição ética para continuá-lo; faltam três anos para o término legal do mandato, e a PresidentA resume-se a lutar contra ameaças de impeachment.
Petistas dilatam as estatísticas carcerárias com seus filiados, promovem acordos com qualquer um que possa contemplar suas conveniências, desenham uma crise moral ‘nunca antes vista na história deste país’, e ainda refletem suas mazelas na credibilidade do Governo.
Atingimos o limite em suportar inépcia, demagogia e corrupção por parte dos nossos condutores; estamos confinados num vagão desgovernado, aflitos por um facho de luz no fim do túnel.
Lembra o conto ‘Sua Excelência’ de Lima Barreto no qual o protagonista, trancafiado num coupé em alta velocidade, sem conseguir abrir as janelas, gritava desesperadamente ao cocheiro:
– Aonde vamos? Miserável, aonde me levas?
Márcio Andrade
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