Em uma de suas andanças pelo exterior, deixando aqui ao desamparo a sua criatura entretida na batalha diária contra a sintaxe e o impeachment, Lula disse ao jornal “El País” que não teme que aqueles que, segundo ele, deixaram de ser pobres durante o seu governo, voltem à pobreza por causa da crise econômica.
“Não voltarão”, disse. “É como se disséssemos que, em vez de comer carne todos os dias, vão comer arroz. Isso é passageiro”.
Uma metáfora? Uma parábola?
O ex-presidente não parou ai:
“Quando cheguei ao poder, tinha medo de terminar como o ex-presidente (polonês) Lech Walesa. Eu dizia aos meus companheiros: não posso falhar, por que, se falhar, jamais outro trabalhador será presidente”.
“Não voltarão”, disse. “É como se disséssemos que, em vez de comer carne todos os dias, vão comer arroz. Isso é passageiro”.
Uma metáfora? Uma parábola?
O ex-presidente não parou ai:
“Quando cheguei ao poder, tinha medo de terminar como o ex-presidente (polonês) Lech Walesa. Eu dizia aos meus companheiros: não posso falhar, por que, se falhar, jamais outro trabalhador será presidente”.
Quando o repórter do jornal espanhol perguntou a Lula se ele será candidato a presidente, ele disse “nem que sim, nem que não".
"Eu gostaria que fosse outro. Mas, se tenho que me apresentar para evitar que alguém acabe com a inclusão social conseguida nesses anos, farei isso”.
Lula, como Jesus Cristo, está disposto a fazer o supremo sacrifício de candidatar-se de novo, se necessário for, para cuidar da nossa Redenção. Haverá alguém mais santo?
Quanto ao panorama desolador do País sob a direção da “mãe Dilminha”, que ele nos impingiu com tanto fervor, nenhuma palavra. A mãe do PAC e a mãe de todos, só foi lembrada en passant, numa referência ao processo de impeachment que ela enfrenta. Sem problemas, nos garantiu do alto de sua sabedoria jurídico- constitucional, porque o processo “não tem nenhuma base legal ou jurídica"
Este certamente não é o mesmo Lula que pedia o impeachment de Collor, de Itamar, de Sarney, de FHC e de todos que aparecessem pela frente, nem o mesmo que aquele dizia que “o povo que elege tem o direito de tirar”. Uma metamorfose ambulante, como ele mesmo se define.
É bem verdade que, pelos sortilégios da política, o mais conveniente, para Lula, seria que a sua criatura tropeçasse nos próprios cadarços e deixasse o caminho livre para a sua volta triunfal de redentor. Por isso ele apoia o ajuste fiscal, que sabe ser necessário e indispensável, e ao mesmo tempo manipula sua tropa para ir à rua xingar Joaquim Levy.
Ele se sente à vontade no papel daquele que investe contra tudo e contra todos na janela, mas na intimidade da sala de estar deixa todos os móveis arrumadinhos como Palocci e Henrique Meirelles mandam e o mercado aplaude.
Enquanto Lula joga sua grande cartada sebastianista para 2018, o Brasil econômico e político se desmancha diante de uma recessão cada vez mais profunda e uma degradação política galopante.
O populismo de Kirchner e Maduro, sustentado pelo olhar e pela omissão benevolente do Brasil, foi duramente golpeado nas duas eleições recentes. Isso quer dizer que um modo de governar está se esgotando na América Latina.
O Brasil, num espaço de tempo relativamente curto, terá a chance de mostrar se aprendeu a lição ou não.
"Eu gostaria que fosse outro. Mas, se tenho que me apresentar para evitar que alguém acabe com a inclusão social conseguida nesses anos, farei isso”.
Lula, como Jesus Cristo, está disposto a fazer o supremo sacrifício de candidatar-se de novo, se necessário for, para cuidar da nossa Redenção. Haverá alguém mais santo?
Quanto ao panorama desolador do País sob a direção da “mãe Dilminha”, que ele nos impingiu com tanto fervor, nenhuma palavra. A mãe do PAC e a mãe de todos, só foi lembrada en passant, numa referência ao processo de impeachment que ela enfrenta. Sem problemas, nos garantiu do alto de sua sabedoria jurídico- constitucional, porque o processo “não tem nenhuma base legal ou jurídica"
Este certamente não é o mesmo Lula que pedia o impeachment de Collor, de Itamar, de Sarney, de FHC e de todos que aparecessem pela frente, nem o mesmo que aquele dizia que “o povo que elege tem o direito de tirar”. Uma metamorfose ambulante, como ele mesmo se define.
É bem verdade que, pelos sortilégios da política, o mais conveniente, para Lula, seria que a sua criatura tropeçasse nos próprios cadarços e deixasse o caminho livre para a sua volta triunfal de redentor. Por isso ele apoia o ajuste fiscal, que sabe ser necessário e indispensável, e ao mesmo tempo manipula sua tropa para ir à rua xingar Joaquim Levy.
Ele se sente à vontade no papel daquele que investe contra tudo e contra todos na janela, mas na intimidade da sala de estar deixa todos os móveis arrumadinhos como Palocci e Henrique Meirelles mandam e o mercado aplaude.
Enquanto Lula joga sua grande cartada sebastianista para 2018, o Brasil econômico e político se desmancha diante de uma recessão cada vez mais profunda e uma degradação política galopante.
O populismo de Kirchner e Maduro, sustentado pelo olhar e pela omissão benevolente do Brasil, foi duramente golpeado nas duas eleições recentes. Isso quer dizer que um modo de governar está se esgotando na América Latina.
O Brasil, num espaço de tempo relativamente curto, terá a chance de mostrar se aprendeu a lição ou não.
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