Eles não conseguem ver, por exemplo, os bem-vindos e pedagógicos estragos causados pela Operação Lava Jato. Gente que se julgava condenada à eterna impunidade está (e continuará) engaiolada. Presidentes de empreiteiras, dois tesoureiros do PT, ex-diretores da Petrobras, José Dirceu pela segunda vez — há celas para todos os delinquentes que chapinharam na lama do Petrolão.
Os habitantes daquelas paragens remotas tampouco enxergam as devastadoras dimensões da crise econômica parida pelo lulopetismo. Não veem a imensidão de desempregados, não veem a inflação sem freios rompendo a barreira dos 10%. Muito menos a crescente indignação das vítimas de 13 anos de ladroagem e incompetência.
Fora da cegueira decorrente da distância sideral, não há como explicar a conspiração que, para manter no emprego por mais três anos a presidente perplexa, tenta juntar numa contra-ofensiva suicida o que há de pior no Executivo, no Legislativo e no Judiciário.
Trocas suspeitíssimas de juízes, manobras malandras forjadas para protelar decisões urgentes, acordos ditados pelo sonho da impunidade para todos, alianças obscenas entre inimigos recentes unidos no esforço para afastar do camburão chefôes e filhotes ─ nada disso vai funcionar. É tarde demais.
O projeto criminoso de poder, na definição perfeita do ministro Celso de Mello, está em acelerada decomposição. Oito em cada 10 brasileiros exigem o fim da era da canalhice. A ideia da pizza que os brasileiros não vão engolir avisa que o estoque de espertezas está reduzido a um punhado de velhacarias com prazo de validade vencido.
Também confirma que são cada vez mais raros os sinais de vida inteligente no planeta dos vigaristas.
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