A pergunta é dirigida tanto à pessoa quanto ao partido: até quando o Lula e o PT suportarão o bombardeio que os atinge de todos os lados? O ex-presidente se exaspera contra as oposições, a imprensa, os empresários, os aliados e o governo, acentuando que vai resistir diante de toda a pancadaria. Os companheiros voltam a frequentar os microfones parlamentares e adotam a tática retórica de exaltar as virtudes do chefe e da sucessora.
A pressão aumenta e nem será preciso argumentar com as eleições municipais do ano que vem para saber que a derrota será monumental. Pelas pesquisas, o Lula não conseguirá a reeleição de Fernando Haddad, muito menos o PT emplacará os prefeitos das grandes e até das pequenas capitais. Poupa-se o ex-presidente, não comparecendo a atividades públicas, preferindo refugiar-se nas reuniões do partido. Encolhe-se o PT quando se trata de aprovar projetos do interesse do palácio do Planalto.
Atravessam, ambos, período de amargura e desespero. Também, não haverá como desmentir, por culpa deles. A tentação foi grande demais.Um, por não resistir ao estilo de vida que nunca teve, mas invejava, entendendo que sua liderança e a sensação do dever cumprido permitiam o uso de mecanismos próprios das elites por ele beneficiadas. Outros, por abandonarem as raízes e os anseios populares em troca de benefícios inerentes ao poder.
O resultado aí está: um ex-presidente e um partido expostos ao bombardeio dos principais setores da vida nacional. Cederam à tentação. Agora aguentem..
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