A economia da China demonstrou ser como todas as outras, ou seja, uma economia de altos e baixos. E a redução recente do apetite chinês levou a uma freada brusca nos planos de investimento e venda de projetos multimilionários de mineração em países latino-americanos.
Mas qual é o legado que fica desta chuva de dólares que caiu na região nos últimos dez anos com chegada de projetos de mineração, muitas vezes diante da resistência de comunidades onde eles se instalaram?
A América Latina tornou-se neste anos um dos epicentros globais da mineração, recebendo 27% do total de investimentos em exploração, segundo o Banco Mundial.
É difícil subestimar tal volume de dinheiro. O órgão afirma que um só país, o Chile, recebeu dividendos da mineração da ordem de US$41 bilhões (R$ 155,8 bilhões) em 2011, ou 19% de seu Produto Interno Bruto (PIB). O Peru recebeu US$17 bilhões e a Bolívia, US$ 1,3 bilhão.
No Brasil e no México, as duas maiores economias da região, a contribuição desta indústria não foi tão dominante em comparação com as demais atividades, dada a maior diversificação de suas economias, mas o valor recebido por ambos estão longe de serem desprezíveis. No Brasil, por exemplo, a receita gerada pela mineração alcançou US$67 bilhões, ou 3% do PIB.
Apesar da desaceleração, o Banco Mundial espera que os novos investimentos para a região até 2020 cheguem a US$200 bilhões.
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