sexta-feira, 31 de julho de 2015

Hay gobierno?

 

A pergunta está na ponta da língua. Passou 2014 embromando com o ano eleitoral, quando se gastou do povo o dinheiro e se enganou à tripa forra para pagar a farra da propina.
 

No dia seguinte à definição (???) das urnas, ainda hoje meio cabulosa, o país deveria ter presidente. A mesma presidente. Mas não foi tudo como antes no quartel de Abrantes.
 

Os dias, as mentiras e a corrupção começaram a desbotar a imagem presidencial. A própria foi se desfazendo em areia.
 

O país atônito se vê diante de algo inusitado como nunca antes. A presidente vai desaparecendo. Primeiro, de cena, um zumbi vagando pelos corredores sombrios do Planalto. Depois a Presidência se esfumaça.
 

E o governo, que assim deveria ser referido, é um aglomerado de gente falando em governabilidade, que se precisa de pacto ficou pelo caminho. Ouve-se apenas a voz sombria de um fantasma de presidente a clamar apoios para que ressuscite, não para que o país tenha realmente um governante de verdade. É apenas um zumbido vindo de um poço sem fim que só almeja terminar um mandato custe o que custar ao povo, pois novamente fará um acerto endiabrado.
 

O governo escoa pela ampulheta. É apenas a faixa levada pelo chão, aos ventos de momento, para onde também se arrasta o Brasil.

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