Será uma trágica omissão e uma reiteração da impunidade dos poderosos que marca a nossa História, firmar acordos de leniência que ignorem a responsabilidade dos acionistas controladores das empreiteiras, não apenas na Lava-Jato, mas na evolução das praticas que vêm contaminando a vida politica do país há décadas.
Outra questão suscitada pelos apelos por acordos que preservem as construtoras é avaliar em que medida o país depende delas. A julgar pelas declarações dos defensores destes acordos, sem elas o país é incapaz de concluir investimentos de porte.
Mas quem sabe seja mais lúcido postular o contrário. Que o Brasil não vai parar sem as empresas condenadas na Lava-Jato e que, na verdade, precisa se libertar delas e de seus mentores e parceiros para avançar.
Seja como for, estas são questões que a presidente Dilma, o ministro Cardozo e o presidente da Firjan deveriam considerar quando propõem acordos de leniência para preservar obras, empregos e empreiteiras.
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